Empresas da região de Araçatuba ampliam em 15,4% os pedidos de registro de propriedade
Investimentos em inovação e tecnologia são essenciais para o futuro por causa do desenvolvimento de conhecimentos
Folha da RegiãoAs empresas instaladas nas quatro maiores cidades da região (Araçatuba, Birigui, Penápolis e Andradina) ampliaram em 15,4% os pedidos de registro de propriedade industrial entre janeiro e agosto de 2021, em comparação aos últimos dados disponíveis de 2019. São 563 solicitações no ano, ante 488 registradas entre janeiro e dezembro de 2019.
É um dado importante para análise e reflexão das instituições que formam o ecossistema empreendedor e inovativo regional, tendo em vista que em outubro é comemorado o mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovação, sendo também o período de realização da 18˚ Semana Nacional da Ciência e Tecnologia (02 a 08/10), cujo tema desse ano é a “Transversalidade da ciência, tecnologia e inovações para o planeta”.
O levantamento foi elaborado pelo economista e prof. Marco Aurélio Barbosa de Souza (FAC-FEA), especialista no estudo de economia local e regional, a partir da base de dados do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).
Para o economista, o tema é muito relevante e estratégico para o desenvolvimento regional, pois os investimentos em inovação e tecnologia, são essenciais para o futuro do país, em um contexto de profundas e intensivas transformações tecnológicas e da necessidade de melhorar o desempenho nacional no ranking internacional de competitividade e inovação.
Segundo o professor, em dois estudos divulgados no ano passado, o Brasil aparece em posição desvantajosa no ranking internacional de competitividade e inovação. No caso da competitividade, estudo do Banco Mundial, com 63 países, constatou que o Brasil ocupa a 51˚ posição. Já no ranking de inovação, elaborado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), que avaliou 131 países, a economia brasileira está na 62˚ lugar.
PERFIL DAS EMPRESAS SOLICITANTES E CARACTERÍSTICAS DOS PEDIDOS
Em relação ao perfil das empresas demandantes, a liderança é das Microempresas (ME) com 183 pedidos (31,9% do total), seguida pelas pessoas físicas com 142 (24,8%), grandes empresas com 92 (16,1%), Microempreendedor Individual com 78 (13,6%); Empresas de Pequeno Porte (EPP) com 76 registros (13,3%) e Associações com 2 (0,35%).
Do ponto de vista das características dos pedidos, o destaque é para o registro de marcas, com 542 solicitações (96,3% do total), seguida pelo registro de patentes de invenção com 9 (1,57%); desenho industrial com 8 (1,4%) e patentes de modelo de utilidade, com 4 requerimentos (0,70%).
Souza avalia que, apesar do avanço nos pedidos das empresas locais, é necessário avançar ainda mais, em especial, nas áreas de patentes de invenção, modelos de utilidade, desenho industrial e programas de computador, que agregaram ao processo de desenvolvimento tecnológico gerando efeitos multiplicadores positivos para o conjunto da economia.
RESULTADOS
O Brasil registra, de janeiro a agosto de 2021, 242.985 pedidos de registro de propriedade industrial. O registro de marcas lidera com 232.796 requerimentos, seguido pelas patentes de invenção com 2.949, desenho industrial com 2.833, programas de computador com 2.116, patentes modelo de utilidade com 1.686, contratos de tecnologia com 542 e certificado de adição e indicação geográfica, com 55 e 8, respectivamente.