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Empresas brasileiras gastam mais com inovação tecnológica, revela IBGE

Valor Econômico - 01/08/2007

Cerca de um terço das indústrias brasileiras investiu em inovação tecnológica entre 2003 e 2005, revela pesquisa elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A proporção de empresas inovadoras se manteve praticamente estável em 33,4% no período. Entre 2001 e 2003, esse percentual era de 33,3%. As empresas de médio e grande porte inovaram mais. Naquelas que empregam 500 pessoas ou mais, 72,5% disseram ter inovado entre 2001 e 2003. Entre 2003 e 2005, a proporção subiu para 79,2%. A pesquisa mostra ainda que os gastos com inovação subiram no período. Do total da receita líquida do setor de indústria e serviços, 3% foi destinado à inovação e à pesquisa e desenvolvimento. Em 2003, esses gastos correspondiam a 2,5% do total da receita. O setor que puxou os gastos foi "outros equipamentos de transporte", do qual fazem parte a fabricação de aviões. Esse grupo investiu o correspondente a 6% do total da receita em inovação em 2005. A inovação compreende a adoção de produtos ou processos novos para as próprias empresas, podendo ou não ser originais para o mercado doméstico ou internacional. Entre os automóveis, que viram o surgimento do motor bicombustível (flex), além do lançamento de novos modelos, os gastos com inovação aumentaram a participação de 4,7% do total da receita para 5,6%. Os gastos com inovação também aumentaram sua fatia em empresas de "outros equipamentos de instrumentação médica-hospitalar". Eles passaram de 3,1% do total da receita, em 2003, para 5,3%, em 2005. De acordo com a pesquisa, 35,6% das empresas inovadoras do país estão em São Paulo, mas elas são responsáveis por mais da metade do total de gastos (55,6%). Os elevados custos, os riscos econômicos excessivos e a escassez de fontes de financiamento foram apontados como principais travas para as indústrias brasileiras investirem em inovação, segundo a pesquisa.