17/08/15 13h26

Empresa investirá R$ 70 milhões em Limeira

Lignina, presente no eucalipto, será processada para várias funções

JL Mais

A Suzano Papel e Celulose anunciou ontem um investimento de R$ 70 milhões na unidade de Limeira. A cidade irá receber a extração de lignina, que, segundo a empresa, é um produto inovador no mercado e fruto de pesquisas próprias. A planta-piloto a ser construída no município será a primeira na América Latina e a produção deverá começar no final de 2017.

O gerente-executivo de Inovação da Suzano, Fábio Carucci Figliolino, aponta que a implantação da planta em Limeira tem a ver com o posicionamento estratégico da cidade e sua importância no setor. "Limeira está em uma região muito importante e estratégica, especialmente no setor de pesquisa. Isso deve alavancar novas tecnologias", destaca. Figliolino aponta ainda que o início das atividades deverá atrair outras empresas para Limeira e região, além de gerar renda, empregos e aumentar a arrecadação de tributos.
O investimento anunciado será 70% financiado por linhas de crédito à inovação. "Esse é um projeto que amplia as nossas fronteiras de atuação, abrindo possibilidades que ainda não exploramos e, potencialmente, nos trarão posição de destaque no futuro em mercados que não atuamos", destaca o diretor-executivo de Operações da Suzano, Ernesto Pousada.

Produção

A lignina é uma resina presente no eucalipto e o produto final a ser produzido pela Suzano é capaz de substituir carbonos fósseis - como o petróleo -, sendo retirados de florestas plantadas. "A proposta está alinhada com a linha sustentável que a Suzano segue", afirma o gerente-executivo.
De acordo com ele, a extração da lignina em Limeira deve ter início no final de 2017. Desde 2011, Limeira já tem uma planta de lignina em caráter experimental, com produção em menor escala, e o material é utilizado para geração de energia para a própria empresa.
O produto é hoje utilizado pela indústria para geração de energia e, de acordo com Figliolino, terá três campos principais de abrangência depois de ser colocado no mercado pela Suzano - a construção civil, a indústria de móveis e como componente da borracha. "Estamos gerando mercado nesses setores", pontua.