Empresa investe R$ 1,1 bilhão no Grande ABC e gera 2.281 empregos
Projeto Riacho Grande prevê instalação de uma subestação de energia e de duas linhas de transmissão
Diário do Grande ABCA implementação de uma subestação de energia elétrica blindada de 800 MVA (Megavolt Amperes) de potência e construção de duas linhas de transmissão subterrâneas de 345 kV, com aproximadamente 44,6 km em dois circuitos e uma linha aérea de 9 quilômetros vão resultar em investimento de R$ 1,1 bilhão no Grande ABC, além de 2.281 empregos ao longo dos dois anos em que vão durar as obras. O empreendimento, que recebeu o nome de Projeto Riacho Grande, pertence à ISA CTEEP e já está em andamento, devendo ser concluída em dezembro de 2025.
A subestação será erguida em um terreno na Avenida Guido Aliberti, no Bairro Fundação, em São Caetano. As linhas subterrâneas vão ligar o equipamento com a subestação Miguel Reale, no bairro paulistano do Cambuci. E o trecho aéreo, se conectará à linha de transmissão Ibiúna – Tijuco Preto, no bairro do Riacho Grande, em São Bernardo.
“O projeto trará confiabilidade, pois caso aconteça algum desligamento no circuito, haverá outros caminhos para trazer energia. E ainda o aumento da capacidade para suportar a demanda dos próximos anos”, afirma Dayron Urrego, diretor-executivo de projetos da empresa.
As galerias para a passagem dos cabos se estenderão pelo Jardim Alvorada, Bela Vista, Jardim Monções, Jardim Cristiane, Jardim Oriental, Jardim Jamaica, Jardim Stella, Vila Apiaí, Paraíso, vila Gilda, Pinheirinho, vila Scarpelli, vila Floresta, Valparaíso, Sacadura Cabral e Palmares, em Santo André.
Já em São Caetano, vão passar pelo Centro e nos bairros Mauá, Nova Gerti e São José.
“Fizemos um projeto com o levantamento da infraestrutura existente na região. E tudo isso fica nesse sistema para que, quando esteja executando a obra, se evite qualquer interferência”, destaca Urrego.
Na construção será usado inclusive um equipamento semelhante ao que o Metrô utiliza para abrir o trajeto das linhas e que recebeu o apelido de ‘tatuzão’. No projeto Riacho Grande, uma máquina de menores proporções, que ganhou o nome de ‘tatuzinho’, fará a transposição do Ribeirão dos Meninos, que corre ao lado da Guido Aliberti, em São Caetano.
A opção pelas linhas subterrâneas tem custo maior que a aérea. Entretanto, segundo Urrego, é a mais viável por conta do tamanho das torres que seriam necessárias para a passagem dos cabos. “não teria como passar uma linha dessas sobre a cidade”, aponta.
SOBRE A ISA CTEEP
Responsável pela transmissão de 30% da energia elétrica no Brasil e por 94% em São Paulo, a empresa faz a ligação entre os produtores de eletricidade e as distribuidoras, como a Enel, na Grande São Paulo.
A ISA CTEEP, que tem receita anual de R$ 4 bilhões, está presente em 18 Estados brasileiros, com 23 milhões de quilômetros de cabos espalhados por todo o País.
A empresa possui uma série de obras em andamento nas cidades do Grande ABC.
HELICOPTÉROS E DRONES PARA OBRA EM LINHA DE TRANSMISSÃO
Para renovar a rede de transmissão de energia Baixada Santista-Tijuco Preto, entre Santo André e Cubatão, a ISA CTEEP está utilizando helicópteros e drones. Estão sendo renovados 9,6 quilômetros de cabos e 22 torres serão substituídas.
“Estamos adotando uma série de estratégias para executar a obra com garantia de segurança aos colaboradores e preservação da fauna e da flora”, afirma Dayron Urrego, diretor-executivo de projetos.
Por causa da dificuldade de acesso, devido à mata fechada na Serra do Mar e ao relevo sinuoso, a ISA optou pea utilização de helicópteros para a obra civil, montagem e lançamento dos cabos. Para o transporte de equipes e materiais, que incluem mais de 300 toneladas de estruturas e cerca de 500 colaboradores durante todo o período de obra, são usadas aeronaves com capacidade para transportar até 4 toneladas e, em alguns casos, vão ser empregadas técnicas de rapel.
Além de equipamentos e operários, as aeronaves também levam biólogos e veterinários para orientação dos técnicos em relação aos cuidados com a fauna e flora.
A linha de transmissão está localizada no Parque Estadual da Serra do Mar e próxima à reserva biológica Alto da Serra, Parque Natural Municipal das Nascentes e da vila de Paranapiacaba.