19/08/13 16h06

Empresa faz investimento de US$ 100 milhões no país

Cruzeiro do Sul

A Dow AgroSciences deverá concluir, até 2014, investimentos da ordem de US$ 100 milhões para expandir sua capacidade de produção de sementes no Brasil. Os recursos estão sendo aplicados na construção de uma unidade de beneficiamento de sementes em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, um novo laboratório de pesquisa e desenvolvimento em Cravinhos, no interior paulista, e um centro de pesquisa em Sorriso, Mato Grosso.
 
A previsão é que a planta na Bahia comece a operar este ano, com 150 funcionários (entre diretos e indiretos) e capacidade para beneficiar até 700 mil sacas de sementes de milho por ano. "A unidade vai aumentar consideravelmente a nossa capacidade de atender à demanda por sementes", diz Ramiro De La Cruz, presidente da empresa no Brasil. O executivo não revela a capacidade atual de produção.
 
O laboratório de Cravinhos, que deverá ficar pronto apenas em 2014, será o primeiro da Dow a realizar o processo de inserção de genes (os chamados traits) em sementes fora dos Estados Unidos. A Dow prevê inaugurar, ainda, um centro de pesquisa em Sorriso (MT) voltado para o melhoramento genético convencional de plantas até o ano que vem.
 
"Trata-se de uma mudança de filosofia. O Brasil é o segundo maior mercado de sementes e biotecnologia do mundo, então é preciso estar presente no país. Não podemos mais fazer as coisas remotamente", diz Daniel Kittle, líder global de pesquisa e desenvolvimento da companhia. Segundo ele, o objetivo é transformar o Brasil num "hub" de pesquisa em agricultura tropical.
 
O Brasil é o segundo maior mercado para a Dow AgroSciences no mundo. Em 2013, a companhia prevê faturar cerca de US$ 1 bilhão com a venda de sementes e defensivos no país, ante cerca de US$ 1,5 bilhão nos Estados Unidos. A receita da subsidiária brasileira cresceu, em média, 24% nos últimos três anos, de acordo com os executivos da companhia.
 
"O Brasil tem um futuro brilhante para a agricultura, é estratégico e um alvo preferencial de investimentos, mas precisa investir em infraestrutura e em um sistema de seguro capaz de ajudar os produtores a atravessar os ciclos", diz Antonio Galindez, presidente global da companhia.