13/04/11 14h26

Empresa de Taiwan apresenta projeto de US$ 12 bi

Valor Econômico

Investimentos de empresas de alta tecnologia no Brasil marcaram a primeira etapa da visita da presidente Dilma Rousseff à China e ela aproveitou para pedir um "salto" na relação entre os dois países e esforços concretos de produção binacional de inovação científica e tecnológica. Dilma pediu, na abertura do seminário "Diálogo de Alto Nível Brasil-China", parcerias de empresas de alta tecnologia dos dois países, "não só com transferência de tecnologia, mas com mecanismos conjuntos de pesquisa tecnológica que permitam desenvolver produtos legitimamente binacionais".

O anúncio mais surpreendente feito a Dilma foi o do presidente mundial da taiwanesa Foxconn, Terry Gou, que informou que começará em novembro a montar, com componentes importados, o iPad, tablet da Apple, em suas fábricas no Brasil, e apresentou projeto de investimento de US$ 12 bilhões em cinco a seis anos, para fabricação no país de telas de cristal líquidos do tipo TFT (Thin Film Transistor, transistor de filme fino), usadas no iPad, telefones de última geração, televisores e telas de computador.

Se concretizado, o investimento, provavelmente na cidade paulista de Jundiaí, implicará a construção de uma verdadeira cidade digital. O governo brasileiro exige a participação de um sócio nacional, que teria de aportar parte dos US$ 12 bilhões, e estuda os pedidos da Foxconn, que incluem isenções de tributos federais, como Cofins e IPI, e impostos estaduais. Essa seria a única fábrica do gênero da Foxconn, uma das maiores do setor, no hemisfério ocidental, lembrou o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Durante a visita também foram anunciados os planos da Huawei (US$ 350 milhões nos próximos dez anos) e da ZTE (US$ 200 milhões), este em um centro de pesquisa e desenvolvimento, de distribuição de equipamentos, treinamento e call center na cidade paulista de Hortolândia.