Empregos na região de SJ crescem cinco vezes mais em abril
O MunicípioA região de São João da Boa Vista gerou 692 empregos formais em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego na quarta-feira (29). O número é cinco vezes maior do que em março, quando foram abertos 128 postos de trabalho.
O saldo de abril considera 4.431 admissões e 3.739 desligamentos no mês em sete municípios da região: São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, Mococa, Espírito Santo do Pinhal, Vargem Grande do Sul, Casa Branca e Aguaí.
Na comparação interanual, a geração de empregos também é positiva: em abril do ano passado foram abertos 487 postos de trabalho na região. Os dados do Caged são coletados junto às empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, isto é, não incluem os trabalhos informais.
Somando os empregos gerados de janeiro a abril nesses sete municípios, o saldo impressiona: no total foram abertos 1.732 postos de trabalho, dentre os quais 770 só no setor industrial, o que corresponde a 44% dos postos de trabalho abertos no primeiro quadrimestre do ano. Os outros 56% foram gerados pelos setores de serviços, construção, comércio e agronegócio.
“Esses dados mostram a força do setor industrial. Vemos a indústria como um motor econômico em franco crescimento, apesar de todas as dificuldades enfrentadas pelo setor. E é muito positivo nos depararmos com esse cenário, porque a indústria oferece emprego de qualidade, ou seja, são vagas que exigem qualificação e que, até por isso, são mais duradouras. Diferentemente do agronegócio, por exemplo, que fornece empregos mais sazonais”, analisou Luís Otávio de Mendonça Castilho, vice-diretor do Centro das Indústria do Estados de São Paulo (Ciesp) São João da Boa Vista.
O empresário reforça que a qualificação não é um empecilho para quem quer trabalhar no setor industrial. “Temos o apoio do Senai, que disponibiliza ótimos cursos de qualificação para quem tem interesse em trabalhar no setor, e a própria indústria também promove esse aprimoramento in company para a execução da função”, destacou.
Cidades
Mais uma vez, São José do Rio Pardo liderou o ranking da geração de empregos na região. O saldo foi a abertura de 368 postos de trabalho em abril. O resultado veio do agronegócio, que contratou 277 profissionais com carteira assinada; o setor também puxou as contratações de fevereiro e março. Janeiro ficou a cargo da indústria, com 235 novos empregos na cidade.
Em segundo lugar, veio Mococa, que abriu 134 vagas no último mês. A cidade deu um salto em relação ao mês anterior, quando o saldo registrou a abertura de 10 postos de trabalho. A indústria foi o setor responsável pela alta de abril.
Na sequência veio Casa Branca, onde o saldo foi de 102 empregos no mês. O setor industrial, que vinha liderando as contratações de janeiro a março no município, agora deu lugar ao agronegócio, que puxou a fila em abril com a contratação de 87 profissionais.
Em Aguaí, São João da Boa Vista e Vargem Grande do Sul, o saldo ainda foi positivo com a geração de 79, 56 e 4 empregos, respectivamente. Em Aguaí, a contratação ocorreu de forma equiparada no setor industrial e de serviços, os mesmos que vêm mantendo o saldo positivo de empregos desde o início do ano.
Em São João, no mês de abril, o setor de serviços contratou 28 profissionais, sendo o responsável por fazer a geração de empregos ficar positiva. No mês anterior — março — a cidade teve saldo negativo também gerado pelo setor de serviços. Já em janeiro e fevereiro, a indústria elevou o índice com a abertura de 129 empregos formais.
Já em Vargem, o saldo foi puxado pelo agro, que abriu 29 postos de trabalho; e só não foi maior devido às demissões que ocorreram no comércio no último mês. No primeiro trimestre, os setores do agro, serviços e indústria vinham puxando o saldo positivo no município, contratando mais do que demitindo.
Espírito Santo do Pinhal foi a única cidade da região com saldo de empregos negativo em abril, motivados pela indústria, que demitiu 84 pessoas na cidade. Este foi o primeiro mês do ano em que houve mais demissões do que contratações no município. Em janeiro, fevereiro e março, o saldo foi positivo, puxado pelos setores de serviços e pela própria indústria.