26/03/12 14h55

Emprego sobe 130% ao ano no Parque Tecnológico de S. José

O Vale

De 450 funcionários em 2010 para 1.029 no final do ano passado, núcleo agora planeja concluir novo centro empresarial
 
O Parque Tecnológico de São José fechou 2011 com 1.029 empregos diretos gerados na área do núcleo, representando um aumento de quase 130% na comparação com o número de empregados em 2010, que era de 450.

O crescimento na oferta de emprego dentro do Parque faz dele um dos melhores empregadores da região, com destaque entre outros parques tecnológicos do Estado e do país.

Segundo o relatório anual das atividades, publicado na semana passada, os investimentos destinados a projetos somaram R$ 1,1 bilhão no ano passado, sendo R$ 903,7 milhões do setor privado e R$ 240,4 milhões, do setor público, dividido entre União, Estado e município.

Com R$ 71,5 milhões investidos no Parque em 2011, a Prefeitura de São José viu cada real gasto por ela na estrutura aumentar 16 vezes na soma total do dinheiro aplicado no ano passado.

“Isso demonstra a pujança e o acerto da administração em investir no Parque, que está atraindo cada vez mais empresas e talentos”, disse José de Mello Corrêa, secretário de Desenvolvimento Econômico.
Circulam regularmente pelo Parque, em média, nada menos que 2.500 pessoas, entre funcionários, estudantes e pesquisadores. Quase a metade deles tem graduação em nível superior, com 18% com grau de mestre e 11% com doutorado.
 
Vantagens. A oferta crescente de emprego no Parque Tecnológico se deve, basicamente, a três projetos desenvolvidos nos últimos anos: a ampliação do Centro Empresarial 1, que chegou a 25 empresas, o aumento de vagas na VSE (Vale Soluções Energia) e na Fatec (Faculdade de Tecnologia).

Para a Associação Parque Tecnológico de São José dos Campos, entidade que administra o complexo, a maior vantagem da oferta de vagas é que se tratam de empregos de alta qualificação.

“São empregos altamente qualificados que contribuem para ampliar a articulação entre mercado e universidade”, afirmou Cláudia Müller, gerente de projetos do Parque Tecnológico.
 
Futuro. As metas do núcleo para os próximos 20 anos são ainda mais ambiciosas: criar uma espécie de ‘cidade tecnológica’ de até 200 mil pessoas dentro dos seus domínios, num terreno de 25 milhões de metros quadrados.

Tal público será formado por pessoas trabalhando, estudantes e prestadores de serviço. Para tanto, os primeiros passos estão sendo dados.

A construção do Centro Empresarial 2, com R$ 16 milhões de investimento para abrigar até 50 novas empresas, deve ficar pronta em dois anos.

Núcleo é referência em educação e tecnologia
 
Para José de Mello Corrêa, secretário de Desenvolvimento Econômico, a marca ‘Parque Tecnológico’ está consolidada e vem atraindo empresas de base tecnológica e universidades a ponto de tornar a estrutura referência nacional.
Ele comemorou o aumento de quase 130% nos empregos diretos gerados e revelou que a meta da administração é perpetuar o foco na estrutura.
“O pensamento do futuro é ter uma continuação permanente no projeto através da reserva da área de 25 milhões de m² para servir exclusivamente para empreendimentos de base tecnológica”, disse.
Corrêa destacou ainda a oferta de 1.600 vagas gratuitas em faculdades na cidade por causa do incremento de faculdades na área do Parque Tecnológico, que deverá ter uma estrutura capaz de receber 20 mil alunos.
“O Parque é tão importante que gerou até um ministro”, brincou o secretário, citando o ex-diretor do Parque, Marco Antonio Raupp, que é o atual ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação.