15/10/09 10h56

Emprego formal bate recorde em setembro

O Estado de S. Paulo

A recuperação da indústria avançou em setembro. As fábricas foram responsáveis por quase metade dos 252,6 mil novos empregos formais criados em setembro - o melhor resultado deste ano do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. O setor industrial abriu 123,3 mil ocupações com carteira assinada, duas vezes mais que em agosto, e alcançou o melhor saldo mensal do setor na série do Caged, iniciada em 1992. O subsetor de alimentos e bebidas, com quase 63 mil novas vagas, foi o grande destaque da indústria. O resultado geral do Caged foi ainda o segundo melhor da série histórica para um mês de setembro. Mas ainda ficou abaixo do resultado obtido em setembro de 2008, antes do início da fase mais aguda da crise, quando 282,8 mil vagas formais foram criadas na economia.

Com o bom desempenho de setembro, o mercado formal de trabalho acumulou 932,6 mil novos postos de trabalho no ano. Com isso, o estoque de empregos com carteira assinada no País subiu para 32,9 milhões. O saldo dos nove primeiros meses do ano é pouco menos da metade dos dois milhões de empregos criados de janeiro a setembro do ano passado, mas representa o primeiro período acumulado deste ano em que todos os setores da economia contrataram mais trabalhadores do que demitiram.

Em setembro, todos os 12 segmentos do setor industrial tiveram saldo positivo entre contratações e demissões, com destaque para a indústria alimentícia e de bebidas. O setor têxtil e de vestuário foi o segundo destaque, com 10,5 mil novos postos. No mês passado, os serviços também contrataram mais, gerando 62,7 mil novos empregos. Na sequência, veio o comércio com 50,3 mil postos e a construção civil com 32,6 mil. Apenas a agropecuária eliminou empregos no mês passado, registrando um saldo negativo 17 mil vagas, por causa da entressafra na região Centro-Sul do País.