14/01/08 15h14

Emprego cresce no ritmo do PIB e dá respaldo à expansão do País, diz Iedi

O Estado de S. Paulo - 14/01/2008

O Produto Interno Bruto (PIB) e o emprego formal, aquele com carteira de trabalho assinada, cresceram praticamente no mesmo ritmo em 2007, aponta um estudo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). Enquanto o PIB, a soma de todas as riquezas criadas no País, deve ter aumentado 5,2% no ano passado, segundo estimativa do Iedi, o emprego com carteira assinada cresceu 5,1% até novembro na comparação com o mesmo período de 2006, de acordo com a Pesquisa Mensal do Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis regiões metropolitanas do País. A convergência entre o indicador de emprego e de geração de riquezas é um processo cumulativo, afirma o economista. Ele acredita que a forte sintonia entre o PIB e o emprego formal registrada no ano passado consolida essa tendência. Projeções da LCA Consultores a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho indicam que perto de 1,7 milhão de empregos formais foram criados no ano passado. Nas contas do Iedi, o emprego formal representa 45% do emprego total, que inclui a informalidade. Para este ano, a perspectiva é de que o ritmo de crescimento do PIB e do emprego formal mantenha essa sintonia, prevê o consultor. Ele pondera, no entanto, que o quadro poderá mudar se o Banco Central (BC) optar por aumentar a taxa básica de juros para conter as pressões inflacionárias. Com isso, diz ele, poderá ocorrer uma reversão nas expectativas. Na avaliação de Gomes de Almeida, o fato de o PIB e o emprego formal estarem no mesmo ritmo reflete que o crescimento é sustentável.