18/09/06 16h54
Emissão de títulos prefixados deve crescer
Folha de S. Paulo - 18/09/2006
A dificuldade de colocar títulos públicos foi temporária e, dado o interesse de investidores pela dívida pública, deve crescer a emissão de títulos prefixados no ano que vem. É mais uma variável a abrir espaço para um corte maior de juros neste ano, segundo analistas. Durante maio e junho, os principais obstáculos na colocação de títulos públicos estiveram ligados à alta de curva de juros nos Estados Unidos e também ao elevado vencimento de dívida pública, o que dificulta o enxugamento da liquidez da economia. Na opinião de Jorge Simino, da Fundação Cesp, as dificuldades "foram uma reação à turbulência, no entanto elas foram passageiras"."O resgate líquido positivo [de títulos públicos], acumulado em 12 meses, começou a ceder, o que indica uma situação confortável para a colocação de títulos da dívida", afirmou Guilherme Loureiro, economista que trabalha na consultoria Tendências.A perspectiva de a taxa de juros básica, a Selic, continuar em queda, de forma significativa, por sua vez, abre mais espaço para a colocação de títulos prefixados e a ampliação do prazo médio da dívida em 2007, dizem analistas.A expectativa no Tesouro Nacional é fechar o ano com 39% dos títulos indexados à taxa Selic. Houve melhora também no prazo médio das emissões, 38,5 meses em agosto. Em julho, o prazo era de 28,5 meses.