04/05/11 11h35

Emirados Árabes negociam investimento de US$ 13 bi no Brasil

O Estado de S. Paulo

O governo brasileiro está negociando com os Emirados Árabes Unidos um investimento de US$ 13 bilhões no Brasil, em diferentes áreas do setor produtivo. O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, recebeu o presidente da empresa estatal de investimentos Mubadala, Waleed Al Muhairi, para uma conversa institucional na semana passada.

Na sexta-feira, o secretário-executivo da pasta, Alessandro Teixeira, parte a Dubai para reuniões técnicas com líderes locais, a serem realizadas no início da semana que vem. Na agenda estão encontros com o primeiro-ministro e vice-presidente dos Emirados, xeque Mohammed bin Hashid al Maktoum, também soberano de Dubai, e com a ministra de Comércio, xeque Lubna Khalid Al Qasimi. Muhairi voltaria no mês que vem ao Brasil para prospectar novos negócios.

O montante de US$ 13 bilhões disponível para investir no Brasil, conforme a agência de notícias da Câmara de Comércio Brasil-Árabe tem como possíveis alvos os setores de mineração, alumínio, energia e logística. Segundo a agência, o encontro com Pimentel foi marcado a pedido da própria Mubadala. O interesse em investir no Brasil não é de agora: em maio do ano passado o vice-presidente de Comércio Exterior da Mubadala Wladimir Freua já havia declarado interesse em investir no Brasil.

A Mubadala, que funciona como um fundo de investimentos, foi criada pelo governo dos Emirados Árabes em 2002 para diversificar investimentos e diluir a forte dependência do país na produção de petróleo. O objetivo, segundo o site da empresa, é investir em negócios com viabilidade comercial e que possam render lucro no longo prazo. A empresa teve US$ 4,4 bilhões em receitas em 2010. Entre suas áreas de atuação estão o setor aeroespacial, energia, saúde, informação, comunicação, tecnologia e infraestrutura. Os investimentos são feitos em grandes empresas ocidentais como GE e AMD, assim como em bancos, países árabes e companhias locais. O site da Mubadala diz que a companhia de investimentos tem notas Aa3/AA/AA das agências de classificação de risco Moody's, Fitch Ratings e Standard & Poor's, respectivamente.