10/07/12 15h46

Embraer revê projeções até 2031

Brasil Econômico

Aviação regional deve comprar 6,7 mil jatos em 20 anos; brasileira fecha contrato em Londres

O aumento de5%ao ano de passageiro- quilômetro transportado (RPK,umdos mais importantes índices de desempenho do setor aéreo) nos próximos 20 anos fez com que a Embraer revisasse sua projeção para a venda de jatos comerciais até 2031. Nos próximos 20 anos, a fabricante brasileira prevê o comércio global de 6.795 jatos regionais, com capacidade de 30 a 120 assentos. As vendas desses equipamentos devemgerar US$ 315 bilhões às participantes desse nicho.

Segundo a Embraer, a substituição de aeronaves antigas representará 53%. O restante será utilizado para atender ao crescimento da demanda. A frota mundial de jatos em operação com capacidade de 30 a 120 assentos aumentará de 4.150 aviões em 2011 para 7.375 em 2031, prevê a empresa.

As novas projeções foram apresentadas junto com o anúncio de venda de cinco jatos E-190 para a chinesa Hebei Airlines, da China. Os aviões devem ser entregues até o final de 2013. O valor total do negócio, pelo preço de lista, é de US$ 226 milhões. “A série E-Jets é líder de mercado neste segmento na China”, disse em nota o presidente da Embraer Aviação Comercial, Paulo Cesar de Souza e Silva, durante o Show Aéreo Internacional Farnborough, em Londres.

Boeing fecha novos contratos Farnborough também foi palco para a americana Boeing anunciar novos negócios. A fabricante fechou um contrato no valor de até US$ 7,2 bilhões com a Air Lease. Foram encomendados 75 jatos 737 MAX, avião remodelado da empresa que tem como principal trunfo o gasto menor de combustível e que é apontado como maior arma da Boeing para retomar a liderança na aviação comercial perdida para a Airbus, fabricante do popular A320.

O presidente-executivo da Boeing, Jim McNerney, previu que a fabricante americana, auxiliada pelo 737 MAX, irá vender mais que a Airbus por “diversos anos”. A Airbus também disse esperar que a Boeing ganhe terreno neste ano. Ray Conner, chefe da divisão de aeronaves comerciais da Boeing, disse que a companhiaestava confiante de elevar sua participação no mercado, mas não possui uma meta específica em mente. Mesmo com as economias mundias em dificuldade, a demanda por aeronaves comerciais permanece relativamente forte, à medida que as companhias aéreas modernizam suas frotas para sobreviver aos altos custos de combustível e a balança do crescimento pende para o lado da Ásia, o que levou a Boeing a elevar suas previsões de venda na semana passada no continente.