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Embraer decide aumentar produção na fábrica chinesa

Gazeta Mercantil - 11/09/2007

A unidade fabril instalada na China, responsável por produzir o jato regional ERJ-145, projeto original da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), expandirá sua produção. Segundo a direção da joint venture sino-brasileira, formada entre a companhia nacional e a Harbin Aircraft, o objetivo é atingir nos próximos anos tanto a demanda interna como exportar os aviões para toda a região, inclusive a Oceania. Desde a construção da unidade chinesa, em 2002 até o começo de 2006, a joint venture tinha recebido apenas 16 encomendas. Um volume muito abaixo da expectativa da direção da Embraer. As operadoras da China se concentraram neste período nos jatos maiores, fornecidos pela Boeing e Airbus. Atualmente, essa unidade asiática tem 50 jatos encomendados como compras firmes, numa média de encomenda de 10 unidades anuais, ainda considerada pequena. Os planos de crescer a produção foram confirmados pelo presidente da Embraer, Frederico Curado, a poucos dias atrás quando visitou as instalações asiáticas. A linha de montagem da família de jatos 145 está ativa apenas na fábrica da China. Essa proposta de ampliação também foi reforçada pelo diretor-executivo da parceira Harbin Aircraft, Guan Dongyuan na última sexta-feira. Ele destacou que vislumbra a possibilidade de exportar essas aeronaves. Os estudos de mercado mostram que 60% das vendas da Embraer nos próximos 20 anos na Ásia e Pacífico serão absorvidas pela China, onde se prevê a comercialização de 600 aviões brasileiros e oriundos da joint venture. A expectativa da joint venture é entregar sete jatos 145 ainda neste ano e outros 15 em 2008. No ano passado, foram entregues 14 jatos. A carteira total dos jatos 145 produzidos na Ásia, entre vendas firmes e opções, se encontra em 105 aparelhos. As companhias aéreas do mundo todo gerarão uma demanda de 7.950 aeronaves, com capacidade de 30 a 120 assentos, nas próximas duas décadas, disse ontem a Embraer. Os aviões têm valor total de US$ 180 bilhões. A China, assim como outros países asiáticos, precisará por volta de 1 mil aeronaves. Ou 13% do total mundial, pelos estudos desenvolvidos pela diretoria de estratégias de mercado da Embraer.