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Embraer confirma lançamento de dois novos jatos executivos

Gazeta Mercantil - 31/03/2008

A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) anunciou sexta-feira oficialmente ao mercado o lançamento de seus dois novos modelos na categoria de jatos executivos. Os novos aparelhos ficam posicionados entre os jatos Phenom 300, para até nove passageiros, e o Legacy 600, projetado para até 13 ocupantes. Denominados de Embraer MLJ e Embraer MSJ, terão capacidade para 7 e 12 lugares, respectivamente. Os novos jatos executivos se encontram nas categorias midlight e midsize. Os aparelhos oferecem espaço para dois tripulantes. O investimento previsto para o desenvolvimento destes aparelhos é de US$ 750 milhões, sendo bancado por parceiros industriais, instituições financeiras e pelo próprio caixa da Embraer. Os prováveis valores de mercado ainda são mantidos em sigilo. O jato MSJ, o menor deles, entrará em serviço no segundo semestre de 2012. Já a previsão para o modelo MLJ é estar em operação no segundo semestre de 2013. O tempo gasto entre os projetos aeronáuticos e a produção é calculado em três anos. A Embraer projeta que as categorias midlight e midsize deverão responder por 21% do total de entregas de jatos executivos nos próximos 10 anos. Ou seja, cerca de 2,7 mil unidades junto a um mercado estimado de 13.150 unidades. Segundo o balanço da empresa, o segmento da aviação executiva em 2007 representou mais de 15% de seu faturamento, alcançando a casa dos US$ 900 milhões. Para 2008, quando ocorrerá a entrega dos primeiros Lineage 1000 e dos Phenom 100, os aviões de linha executiva devem ultrapassar a US$ 1 bilhão no faturamento anual da Embraer. A carteira de pedidos firmes de jatos executivos da Embraer totaliza aproximadamente US$ 4,5 bilhões. Os novos jatos executivos serão produzidos na fábrica de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, assim como os Phenom 100 e 300. Como o parque industrial da Embraer em São José dos Campos está saturado, esses aparelhos receberão apenas o acabamento final nas linhas de montagem na sede da empresa. Segundo especialistas, esse movimento de transferência produtiva poderá causar uma migração acentuada de empresas fornecedoras do Vale do Paraíba para Gavião Peixoto. Isto teve início com os aparelhos militares, quando foi levada a produção do turboélice de ataque leve, o Super Tucano.