Embraer assume papel de investidor de risco e inaugura novo modelo no Brasil
Folha de S. PauloA Embraer lançou no ano passado com o BNDES, a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e a Desenvolve SP (agência de desenvolvimento paulista) um fundo de investimento para financiar pequenas e médias empresas do setor aeroespacial, aeronáutico e de defesa.
Com capital inicial de R$ 131 milhões, o fundo deve comprar participações em fabricantes de drones, softwares, equipamentos de defesa e monitoramento aeroespacial com faturamento de até R$ 200 milhões. A expectativa é de um retorno entre 16% e 20% ao ano.
Comum nos Estados Unidos e na Europa, o chamado "corporate venturing" é um modelo de financiamento no qual empresas assumem o papel dos investidores de capital de risco para fomentar o empreendedorismo nos setores em que atuam.
No Brasil, as empresas privadas praticamente não participam do financiamento à inovação em parceria com investidores do mercado, universidades e centros de pesquisa independentes.
As poucas que investem no segmento preferem concentrar os recursos em laboratórios e centros de pesquisa próprios, onde têm o controle total dos trabalhos e do registro de patentes.
Segundo a Embraer, o objetivo ao criar o fundo é fortalecer a cadeia produtiva aeroespacial e aeronáutica, além de fomentar o desenvolvimento de tecnologia de ponta no setor.
R$ 131 milhões
é o capital inicial do fundo, que deve comprar participações em fabricantes de drones, softwares, equipamentos de defesa e monitoramento aeroespacial
16% a 20% ao ano
é a expectativa de retorno com o fundo; modelo de financiamento, chamado de "corporate venturing", é comum nos Estados Unidos e na Europa