08/10/12 12h33

Em SP, asiáticos são os que mais investem desde 2008

Valor Econômico

Os países asiáticos foram os maiores investidores diretos em São Paulo nos últimos quatro anos, segundo dados da agência de fomento Investe São Paulo. De setembro de 2008 a setembro de 2012, Japão, China e Coreia do Sul foram responsáveis pela instalação de 13 empresas no Estado. Já os países do continente europeu tiveram seis projetos no período, enquanto o maior número unitário de empresas estrangeiras instaladas foi proveniente dos Estados Unidos (8), mesmo número de companhias nacionais.
 
O total de empresas instaladas em São Paulo no período chegou a 35, com desembolsos de R$ 13,8 bilhões e geração de 35 mil empregos. Os números são referentes às companhias que tiveram consultoria do Investe para a instalação no Estado. Entre elas, estão Toyota, Comil, Lenovo, Caterpillar, Syngenta, Cummins, Haldex, Samsung, Duratex, Gerdau e Hyundai.
 
A maior parte dos investimentos está nas cidades localizadas no entorno da capital paulista. Das 35 empresas, dez foram para a região de Campinas, oito ficaram no entorno de São José dos Campos, sete na região de Sorocaba, três na grande São Paulo e duas na região de Santos. "Nós ajudamos a estabelecer a melhor região para o investidor. Fazemos cruzamento das características do projeto e da oferta da cidade", diz o presidente da agência de fomento, Luciano Almeida, lembrando que as cidades localizadas até 200 quilômetros de São Paulo e próximas das grandes rodovias levam vantagem.
 
Nesse sentido, a agência afirma que há esforço para incentivar a instalação em pequenas cidades com baixo desenvolvimento econômico como Porto Feliz, que recebeu a fábrica da Toyota, Guaratinguetá, onde foi instalada a AGC, além da Comil em Lorena e da Denso em Santa Bárbara do Oeste.
 
O número de investimentos anunciados também é crescente, passou de seis em 2010 para 12 em 2011. Nos primeiros nove meses desse ano, o número de anúncios já chegou a 15. Já os setores que receberam maior atenção foram automotivo (9), máquinas e equipamentos (7), aeroespacial (2) e vidros (2).
 
Na carteira de projetos, que concentra os investimentos em estudo, estão 64 propostas que somam R$ 29 bilhões e têm potencial para gerar 57 mil empregos. "A maturação das consultas dura em média três anos. Temos visão clara dos setores público e privado e fazemos intermediação desses setores até que haja a instalação", afirma Almeida.
 
A maior parte dos projetos em carteira é originária de Estados Unidos (22), Brasil (14) e Alemanha (6). Já entre os continentes, o número de projetos dos asiáticos novamente supera o europeu com 15 propostas, ante 11 do velho continente. "Empresários da Indonésia passaram a nos consultar com maior frequência e Taiwan tem o maior montante a ser investido", diz Almeida. O Investe São Paulo foi criado por lei em agosto de 2008 e começou a atuar no fim daquele ano.