Em Santos, ampliações com foco nos públicos A e B

Valor Econômico

Para atender um público cada vez mais exigente, os shoppings centers de Santos (litoral de São Paulo) começam a apostar na expansão do mix de lojas e de opções gastronômicas voltadas aos públicos A e B. Puxada pela expansão do porto (o maior da América Latina) e pelos investimentos no pré-sal, a cidade vive um boom econômico.

O Parque Balneário, o primeiro shopping da região, com 33 anos, acaba de inaugurar o Espaço Gourmet. A ala abriga oito opções de fast-food e dois restaurantes com cozinhas japonesa e italiana. O novo espaço tem 2 mil metros quadrados e foi construído no segundo andar, espaço antes ocupado por parte do telhado. O investimento do shopping na expansão foi de R$ 7 milhões (US$ 4,4 milhões). De acordo Samuel Lakryc, síndico do Parque Balneário, restam ainda 800 metros quadrados, cuja destinação está praticamente definida. Mas sobre a qual ele não adianta detalhes. Há possibilidade de ser um cinema, teatro ou mesmo mais opções de fast-food, dependendo da recepção do público à nova ala. Até então, o Balneário tinha algumas poucas opções gastronômicas isoladas. Com a ampliação, a área total do shopping soma agora 25.540 metros quadrados.

Tradicionalmente, circulam pelo Balneário 350 mil pessoas por mês. No primeiro dia de funcionamento do Espaço Gourmet esse número subiu 40% e o estacionamento teve fluxo 30% maior. "Estamos passando por uma repaginação já há algum tempo. O primeiro passo era construir um espaço gourmet diferenciado", diz Lakryc. Também há um projeto para alterar a fachada do prédio, localizado no coração do bairro do Gonzaga e próximo a seu mais novo concorrente, o Pátio Iporanga, inaugurado há um ano e com características semelhantes.

O Praiamar, o maior da cidade, completa 11 anos este mês e já fez sua primeira expansão. Em agosto passado foi inaugurada a nova ala, chamada de "lounge". São 10 operações entre lojas de artigos eletrônicos (Fast Shop); vestuário (Brooksfield, Luigi Bertolli, Emme, Enjoy, Marcia Mello, Empório Naka, M. Officer e Empório Body Store); e restaurante (Viena). "São todas inéditas na região. Com isso também fizemos investimentos na praça de alimentação, no mobiliário, na acústica e no paisagismo", diz a superintendente Mariane Doconski. O investimento foi de R$ 5 milhões (US$ 3,1 milhões). "Percebemos que havia demanda reprimida. Essas marcas passaram a nos procurar na expectativa de fazermos negócios. Santos está crescendo e o público está cada vez mais exigente em seus hábitos", diz a executiva.

Do universo de 1,1 milhão de pessoas que circulam mensalmente no Praiamar, 95% é composto pelos públicos A e B (sendo 6% e 89%, respectivamente). No ano passado, a geração mensal de vendas ficou em R$ 30 milhões (US$ 17,1 milhões). O shopping pertence ao Grupo Mendes, com capital 100% familiar.