02/02/11 11h45

Em ritmo de descentralização, Tivit chega a Santos

Valor Econômico

A Tivit inaugurou sua primeira unidade em Santos, no litoral de São Paulo, em dezembro. O escritório é voltado para sistemas aplicativos e terceirização de processos de negócios (BPO, na sigla em inglês), e integra o modelo da companhia de pulverizar a expansão para além das grandes capitais. A unidade - a 18ª da Tivit e a 6ª fora da capital paulista e do Rio de Janeiro - exigiu investimentos de R$ 35 milhões (US$ 20,6 milhões). São 3 mil metros quadrados na região central da cidade, onde já atuam 2 mil funcionários diretos. A capacidade da instalação é para até 4,5 mil colaboradores, número que deve ser alcançado até o final do ano, estima o diretor de planejamento estratégico da empresa, André Guimarães:

A aposta da companhia especializada em serviços integrados de tecnologia no litoral foi motivada por uma combinação de fatores: a proximidade de São Paulo, custo reduzido e farta mão de obra especializada em tecnologia da informação (TI). Todas as universidades e faculdades de Santos têm algum curso relacionado à área de TI, formando um contingente de jovens que costumam subir a serra atrás de boas oportunidades de emprego.

Todos os funcionários da Tivit são da região santista. Segundo o executivo, o fato de a cidade passar por uma expansão de investimentos com a modernização do porto e agora com o pré-sal não foi determinante para a decisão. "Os clientes que atendemos em Santos têm atuação nacional. Nossa carteira é composta por 300 empresas que figuram entre as 500 maiores do Brasil", destaca Guimarães.

Desde 2009, o faturamento anual da Tivit tem ficado acima de R$ 1 bilhão (US$ 535 milhões). Para este ano, a estimativa é de crescer dois dígitos. "Nossa ideia é prestar serviços de gestão de processos, assim como desenvolver. A expansão para Santos, como para outras localidades, deve ajudar a empresa nesse sentido", diz Guimarães.

A multinacional Totvs também ampliou a atuação em Santos. No ano passado, a empresa criou uma estrutura de um canal de distribuição, subordinado à unidade da capital, que antes disso supria a região. "Estamos atentos ao que está acontecendo em toda a Baixada Santista. Não só na área de óleo e gás e logística, mas também o reflexo desse crescimento em setores como o educacional, de construção civil e de hotelaria executiva", diz o diretor de consultoria da Totvs, Denis Del Bianco.