24/09/09 10h39

Editora Record dobra capacidade de produção

O Estado de S. Paulo

O Grupo Editorial Record, o maior conglomerado do mercado de livros não didáticos do País, anunciou ontem dois novos investimentos. O primeiro, industrial, é a aquisição de um conjunto de máquinas de impressão e acabamento, chamado Sistema Poligráfico Cameron, que possibilitará dobrar o número de exemplares editados por ano. O segundo, editorial, é o lançamento de um novo selo, Best Business, focado em livros de alto padrão nas áreas de negócios e economia.

"A empresa tem hoje uma capacidade de produção de cinco milhões exemplares por ano", disse Sergio Machado, presidente do grupo. "Com o novo conjunto de máquinas, o número vai dobrar até 2011, quando todo o sistema estiver instalado." O equipamento permite a produção de um livro em menos de dois minutos sem nenhuma fase intermediária: a grosso modo, o papel da bobina que entra por um lado sai transformado em um exemplar do outro. O reforço gráfico vai permitir um aumento na quantidade de títulos publicados, dos atuais 1,3 mil para 2,5 mil por ano, entre inéditos e reedições.

Fundada em 1942, a Record agrega 11 editoras que, juntas, detêm 6,5 mil títulos em catálogo e 4,5 mil autores. Por ano, ocorrem 550 lançamentos. Para Machado, o livro tradicional não deverá acabar, apesar do desenvolvimento do livro eletrônico, o e-book. "Qualquer que seja a nova plataforma, estará sempre atrelada ao papel."

Daí sua aposta no novo selo, Best Business, que chega às livrarias na sexta-feira com quatro títulos: Os 100 Próximos Anos - Uma Previsão para o Século XXI, de George Friedman; O Naturalista da Economia, de Robert H. Frank; O Iconoclasta, de Gregory Berns; e O Segundo Quique da Bola, de Ronald Cohen. "O objetivo do selo é destacar estudos com visão prospectiva da economia", observa Machado.