16/01/08 10h35

Economia em alta atrai montadoras ao Brasil

Folha de S. Paulo - 16/01/2008

Com os mercados americano, europeu e japonês estáveis ou mesmo em declínio, as montadoras têm olhado para os países emergentes com grande capacidade de crescimento, como o Brasil, para elevar as vendas. A Chrysler se associou à Nissan para construir, no México, um novo carro para o mercado brasileiro. No ano passado, a Chrysler vendeu 4.853 unidades no Brasil -ou cerca de 10% do que vendeu na América Latina excluindo o México. "O Brasil pode responder por 65% das vendas", acredita Philip Derderian, diretor-geral da Chrysler no país. Para crescer em 2008, a Ford vai importar para o Brasil o "crossover" canadense Edge -o segmento, que mistura características de sedãs com as de utilitários esportivos, cresceu 17% em 2007 nos EUA, e o Edge aumentou 60% seus emplacamentos. As vendas da Ford subiram 21% no Brasil em 2007 e 18% na América do Sul. De qualquer forma, é uma decisão ousada, pois será preciso pagar 35% de Imposto de Importação. Para muitas fábricas, a saída tem sido o México, cujos produtos são isentos. O presidente da General Motors do Brasil, Jorge Ardila, estuda importar de lá dois produtos: o compacto Aveo e o utilitário esportivo Captiva. Com um mercado do tamanho do do Canadá, o Brasil é, para a marca Chevrolet, o segundo mais importante do mundo, ficando só atrás dos EUA. Depois de fechar o ano passado vendendo menos que Fiat e Volkswagen, Argila promete buscar a liderança. O impulso maior, porém, só deve vir em 2009, quando a marca passa a fazer, no Brasil e na Argentina, uma nova família de veículos.