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Dyna e MWM retomam as vendas externas

Gazeta Mercantil - 07/05/2009

A Eletromecânica Dyna, fabricante brasileira de limpadores de para-brisa, e a MWM International, subsidiária brasileira da Navistar, fabricante americana de motores e caminhões, se preparam para retomar suas exportações, apesar das incertezas com relação à retomada do mercado mundial. A Dyna, que já tem sua marca no mercado de reposição no exterior, agora vai enviar limpadores de para-brisa para uma grande fabricante de caminhão na Europa, como estratégia para compensar a redução das encomendas das montadoras no Brasil. O contrato será fechado em junho e os primeiros embarques começam em julho deste ano.

Já a MWM International vai enviar motores diesel MaxxForce de 3,2 litros para a Clark Eng Ltd., empresa que desenvolve e produz ônibus para a Daewoo Bus Corporation, na Coréia. A previsão da MWM International é de enviar inicialmente 5 mil motores em 2011, volume que subirá para 12 mil unidades em 2012, 20 mil em 2013 até chegar a 25 mil unidades em 2014. A empresa calcula que o novo negócio acrescente US$ 220 milhões ao faturamento, que neste ano deverá atingir US$ 915 milhões na América do Sul, 8,5% abaixo de 2008, quando totalizou US$ 1 bilhão. Segundo Roberto Alves, gerente de marketing da empresa, a subsidiária brasileira é a única unidade dentro da corporação que produz os motores adequados para os veículos da Daewoo.

Segundo Celso Liberal, diretor comercial da Dyna, a conjuntura atual está muito favorável para a indústria de autopeças brasileira. "A concorrência agora se dá em outro ambiente e a crise mundial está dando oportunidade a mais para os países integrantes dos Brics - Brasil, Rússia, Índia e China", afirmou Liberal. Nesta disputa do mercado internacional a Dyna desbancou um tradicional fornecedor europeu. Em 2008 a Dyna produziu 19 milhões de limpadores de para-brisa e exportou 15% do total. Para este ano, a meta da empresa, segundo Liberal, é aumentar os embarques para 25% para manter a produtividade das suas fábricas e garantir o emprego de 900 pessoas. Para as montadoras prevê enviar 45% da sua produção e ao mercado de reposição os 30% restantes.