21/03/12 14h07

DuPont faz do Brasil celeiro de ideias para América Latina

Brasil Econômico

Novo centro de inovação em Paulínia marca o reposicionamento da empresa no mundo

Ao entrar no centro de inovação e tecnologia da DuPont, é de praxe receber orientação da recepcionista para subir os degraus com a mão apoiada no corrimão. O procedimento de segurança é uma pequena ação que espelha grandes mudanças na empresa, cujas atividades tiveram início em 1802, na área química, e que ontem inaugurou, em Paulínia, interior de São Paulo, o Centro de Inovação Brasil, além da nova estrutura do Centro de Inovação e Tecnologia, criado em 2009.

De lá para cá, a companhia americana investiu US$ 11 milhões na iniciativa. A movimentação faz parte do reposicionamento da companhia que a partir de agora vai investir nas indústrias de alimentos, de energia e de segurança. Segundo Eduardo Wanick, presidente da DuPont para a América Latina, a escolha da cidade de Paulínia é estratégica. “ A cidade fica próxima a importantes centros acadêmicos como a Unicamp e a parceiros como a Embrapa”, afirma. E isso é fundamental para conectá-los, bem como aos clientes, aos 9,5 mil pesquisadores da DuPont espalhados por todo o mundo.

A DuPont atua em diversas áreas desde pesquisas e serviços até agronegócio e consultorias para segurança no trabalho. Negócio garantido A DuPont conta com o crescimento populacional para expandir os lucros. “Chegamos aos 7 bilhões de pessoas no mundo. Em 2050, seremos 9 bilhões. E é isso que vai garantir a continuidade dos negócios”, afirma Thomas Connelly Junior, vice-presidente executivo e diretor de Inovação da DuPont, que tem sede em Wilmington, nos Estados Undos. “A escolha do Brasil como o sétimo país a contar com um centro de inovação deve-se à sua atual posição no cenário econômico mundial e nos negócios da companhia”, diz.

Em 2011, a subsidiária brasileira da DuPont registrou US$ 2,4 bilhões em vendas no país, o que representa 50% do faturamento total da América Latina e, segundo o executivo, levou o Brasil a ocupar a terceira posição na receita global da companhia, atrás dos Estados Unidos e da China.