Drogas do Brasil
Folha de S. PauloO laboratório Cristália vai investir entre R$ 320 milhões e R$ 330 milhões até o primeiro semestre de 2017 em pesquisas para ampliar o desenvolvimento de fármacos no país.
O valor ultrapassa o aporte que costuma ser empregado anualmente, de 8% do faturamento.
"Estamos em fase de análises clínicas para obter a aprovação de alguns produtos, então teremos que tirar do nosso fundo de caixa. São testes de custo bastante elevado", diz Ogari Pacheco, presidente do laboratório.
Hoje, a produção nacional abastece 50% das necessidades da farmacêutica, mas a ideia é aumentar essa participação com a ampliação do complexo em Itapira, no interior de São Paulo.
A crise econômica, no entanto, afetou o ritmo das obras de expansão, como a de um novo centro, em construção, que será focado em medicamentos para câncer, hoje importados.
"Tivemos que diminuir a velocidade das obras, mas elas devem ser concluídas até meados de 2017."
Este ano, Pacheco projeta um crescimento entre 5% e 6%, "o que é menos que a inflação, afinal não adianta fechar os olhos para a crise".
R$ 1,65 BILHÃO
foi a receita da Cristália no ano passado, com crescimento de 3,1% em relação a 2014
R$ 60 MILHÕES
é o valor investido na nova unidade da empresa em Itapira