23/06/10 11h03

Drogaria São Paulo se torna a maior do país

O Estado de S. Paulo

A Drogaria São Paulo anunciou ontem a compra da concorrente Drogão, retomando a posição de líder do setor perdida para a cearense Pague Menos em 2007. Com base no faturamento registrado pelas empresas no ano passado, a Drogaria São Paulo atingiu, agora, uma receita de cerca de R$ 2 bilhões (US$ 1,1 bilhão). A expectativa para 2010 é chegar a R$ 2,5 bilhões (US$ 1,4 bilhão). O valor da transação não foi divulgado, mas apenas 25% do total foi pago em dinheiro. A negociação também envolveu ações da Drogaria São Paulo, agora pertencentes a dois sócios da Drogão. Um deles, Paulo Guimarães, ocupará um assento no conselho de administração da empresa compradora.

Com a aquisição, o principal objetivo da Drogaria São Paulo é tornar seus números financeiros mais robustos - e atraentes para os investidores. Segundo os planos de Ronaldo de Carvalho, controlador e presidente do conselho da companhia, a abertura de capital deve ocorrer entre 2011 e 2012. "Queríamos ter feito o IPO há dois anos. Só não fizemos por conta da crise", diz. "Estamos prontos. Na hora em que decidirmos, vai demorar 90 dias para montar a operação." A empresa profissionalizou sua gestão em 2001 e audita seus resultados desde 1999.

Nos próximos sete meses, a bandeira das 72 lojas Drogão será substituída pela da Drogaria São Paulo. "A marca da Drogaria São Paulo é mais forte e tem maior confiança do consumidor. As lojas também vendem mais", diz Carvalho. O modelo de negócios da Drogão também será suplantado pelo da empresa compradora. Até o fim do ano, a Drogaria São Paulo pretende abrir 34 novas lojas. A expansão deve se dar nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. "Estamos atentos também a novas aquisições", diz Gilberto Ferreira, presidente da empresa.