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Droga Raia busca recursos na Bovespa

Valor Econômico - 03/09/2007

A Droga Raia seguirá o exemplo da concorrente Drogasil e listará ações no Novo Mercado da Bovespa. O objetivo é captar recursos para ampliar os negócio, com o lançamento de lojas e por aquisições. O plano de crescimento receberá 80% do que obtiver na bolsa. O projeto da centenária Droga Raia é semelhante ao da concorrente. A idéia é ser uma das líderes no processo de consolidação do varejo farmacêutico no Brasil. O setor é marcado pela existência de inúmeras pequenas empresas. Das 55 mil drogarias do país, 82% faturam até R$ 367 mil (US$ 187,8 mil) por ano. Na rede Raia, grande parte das unidades arrecada mais de R$ 2 milhões (US$ 1,02 milhão). As cinco maiores redes concentram 18,3% do faturamento total do segmento - R$ 21,4 bilhões (US$ 9,83 bilhões) em 2006. Nos Estados Unidos, maior mercado global de produtos farmacêuticos, as cinco maiores têm 66% da receita total. A Droga Raia, original de Araraquara, planeja oferta mista, resultando na pulverização do seu capital, hoje concentrado com Antônio Carlos, Franco e Rosalia Pipponzi, e ainda Aparecida Muniz de Jesus. A operação da Drogasil na bolsa movimentou R$ 392,7 milhões (US$ 201 milhões). Deste total, R$ 235,4 milhões (US$ 120,5 milhões) foram para o caixa da empresa. Na oferta pública inicial de ações, foi avaliada em R$ 1,5 bilhão (US$ 767,7 milhões) pelos investidores. A semelhança entre as drogarias vai além da estratégia e da oferta na Bovespa. Em tamanho de negócio as redes também são parecidas. A Raia ocupa a quinta posição em receita entre as redes do país, imediatamente atrás da Drogasil. As três maiores são Drogaria São Paulo (SP), Pague Menos (CE) e Pacheco (RJ).