Drinque para exportação
Folha de S. PauloCom a negociação de um acordo entre Brasil e México para o reconhecimento da cachaça e da tequila nos dois países, o setor espera um incremento nas exportações para o parceiro latino.
O embarque de cachaça para os Estados Unidos, por exemplo, que firmou o acordo em 2013, subiu 30% no primeiro ano, segundo o Ibrac (Instituto Brasileiro da Cachaça). O país é o segundo maior importador, atrás somente da Alemanha.
"O México é o 17º principal destino e representa somente 1% do total exportado. Há muito espaço para crescer", diz Carlos Lima, diretor-executivo da entidade.
A Natique, dona das cachaças Santo Grau e Espírito de Minas, e a fabricante Salinas estudam entrar no mercado norte-americano em 2016.
"Agora o México entrou no nosso radar, mas acreditamos que o reconhecimento repercutirá também em outros países", diz Luiz Henrique Munhoz, presidente da Natique.
"A medida é mais um passo para combater a pirataria e valorizar a imagem da bebida no exterior", diz Patricia Medrado, diretora da Salinas.
O setor produziu 770 milhões de litros da bebida em 2014, dos quais menos de 1% foi exportado.