27/04/11 11h12

Donald Trump busca parceiro para projetos no país

Valor Econômico

A filha do megaempresário imobiliário Donald Trump, Ivanka Trump, fez uma visita relâmpago ao Brasil há cerca de dez dias. Esteve um dia em São Paulo e sobrevoou a cidade e a região de Campinas a bordo de um helicóptero. No dia seguinte, esteve no Rio e, de lá, voltou para os Estados Unidos. Ivanka, que trabalha com o pai ao lado dos dois irmãos, esteve acompanhada de outras quatro pessoas. Foram recepcionados pelo Banco Pine e ouviram de executivos do setor e de agentes financeiros como funciona o mercado imobiliário brasileiro.

Segundo o Valor apurou, o grupo quer trazer ao Brasil o conceito de condomínio-hotel de alto padrão - não muito diferente dos flats, que inundaram o mercado no início dos anos 90 e agora voltaram a ser escassos. Também estão interessados em usar o nome Trump Tower em algum projeto corporativo de alto padrão já existente. Até porque praticamente não existem áreas nobres para um grande projeto corporativo que não estejam nas mãos de alguma incorporadora.  Concretamente, o grupo ainda não tem nada fechado no Brasil, além do interesse em investir no setor. Trump chegou a fechar uma parceria para criar um empreendimento no interior de São Paulo, com clube de golfe, mas o projeto não foi adiante.

A Trump Corporation tem cerca de 70 projetos. A maioria dos negócios está em Nova York, mas o grupo também tem prédios em Chicago, Las Vegas e Palm Beach. Nos últimos anos, a empresa expandiu sua atuação para outros países e está construindo uma Trump Tower em Istambul, na Turquia, um modelo híbrido de hotel e torre de escritórios em Dubai e em Toronto. A empresa tem atuado fortemente no ramo hoteleiro, com hotéis e resorts, desde a incorporação até a gestão dos empreendimentos.

Recentemente, o grupo recorreu ao Brasil para terminar de vender um empreendimento no Soho, em Manhattan. Ofereceram descontos de 45%, em média, em apartamentos totalmente decorados, com móveis assinados pela grife Fendi. O mais barato, de 40 m2, que custava US$ 1,5 milhão, está sendo vendido por US$ 780 mil. Com 390 apartamentos, apenas 50 foram comprados por americanos em mais de seis meses. Em apenas uma semana, cerca de 60 brasileiros se interessaram e há pelo menos dez em negociação.