15/10/07 13h46

Divisão da CNH estima crescer 40% no Brasil

Valor Econômico - 15/10/2007

No último fim de semana, a New Holland - uma das divisões de máquinas agrícolas da CNH, do grupo Fiat Allis - reuniu sua rede de concessionários da América Latina para um anúncio que não fazia há algum tempo: o lançamento de 11 modelos de tratores e colheitadeiras, voltadas para diferentes áreas do agronegócio e fruto de investimentos da ordem de US$ 10 milhões em pesquisa e desenvolvimento, realizados entre 2004 e 2007. "A recuperação da agricultura brasileira impulsionou a empresa a lançar todos os itens mais rapidamente", afirmou Marcos Arbex, gerente de marketing da New Holland para a América Latina. Conforme o gerente, em torno de 65% da produção da New Holland no Brasil é destinada ao mercado interno. Outros 10% são comercializados entre países da América Latina (especialmente Argentina, Chile e Uruguai) e o restante é vendido para mercados da África e Ásia. De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de janeiro a setembro as vendas de tratores da New Holland cresceram 53,5% no país, para 4.778 unidades. Já as vendas de colheitadeiras aumentaram 128,4% no mesmo período, para 475 unidades. Com a recuperação na área de grãos e o aquecimento de segmentos como canavieiro e pecuário, a expectativa da New Holland é fechar o ano com aumento de 40% sobre as 4.337 unidades comercializadas no país em 2006, o que significaria uma venda de aproximadamente 6 mil unidades. Para 2008, disse Arbex, a projeção é repetir o mesmo nível de crescimento o que, se ocorrer, levará a empresa a registrar vendas de 8,5 mil unidades entre tratores e colheitadeiras - superando as 8.355 unidades vendidas no país em 2004, segundo dados da Anfavea. A expansão, disse Arbex, ocorrerá graças sobretudo ao crescimento da produção de grãos, que ainda responde por 50% da demanda por tratores no país. "No Sudeste e Sul esse aquecimento já é visível. Já no Centro-Oeste, o nível de vendas só voltará ao de 2004 daqui há uns dois anos", previu.