Diretores da FAPESP se reúnem com novo cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo
Primeira visita oficial de Richard Glenn no país teve o objetivo de reforçar os laços de parceria com a Fundação
FAPESPA diretoria da FAPESP recebeu nesta terça-feira (13/08) a visita do novo cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Richard Glenn, que assumiu o posto no fim de julho. Ele veio acompanhado de Darryl Turner, cônsul para Assuntos Econômicos, de Meio Ambiente, Ciência, Tecnologia e Saúde. O objetivo do encontro foi “reforçar os laços de parceria” com a Fundação.
“Estou no país há cerca de duas semanas e esta é a primeira visita que faço fora do consulado. Isso mostra o quanto valorizamos a relação entre a FAPESP e o governo dos Estados Unidos. Quero deixar clara a importância da pesquisa científica e da parceria entre os Estados Unidos e o Brasil”, disse Glenn à Agência FAPESP.
Marco Antonio Zago, presidente da Fundação, comentou os diversos acordos de colaboração já firmados com universidades, centros de pesquisa e agências de fomento norte-americanos. E destacou a parceria com a National Science Foundation (NSF).
“Somos particularmente orgulhosos de nossa relação com a NSF, que serviu de modelo para a criação da FAPESP. No período pós-guerra, as pessoas que criaram a FAPESP olharam para o que estava acontecendo nos Estados Unidos e se inspiraram na NSF”, contou Zago. “Sempre tivemos uma interlocução fácil com a National Science Foundation e, atualmente, essa relação tem se tornado ainda mais forte. Diversas chamadas de propostas conjuntas estão sendo articuladas.”
“E temos uma visita à sede da NSF agendada para setembro”, completou Marcio de Castro Silva Filho, diretor científico da FAPESP.
Também presente na reunião, a gerente de Colaborações em Pesquisa da Diretoria Científica, Concepta McManus Pimentel, apresentou dados sobre a produção científica resultante da colaboração entre cientistas de São Paulo e dos Estados Unidos. “São publicados ao ano mais de 4 mil papers em colaboração. As principais áreas são medicina (25,4%), física (11,4%) e bioquímica (10,9%), e a principal financiadora é a FAPESP”, disse.
Ainda segundo Pimentel, o impacto dos artigos publicados por cientistas paulistas é duas vezes maior do que a média mundial quando há colaboração com cientistas norte-americanos. O aumento é de dez vezes quando se trata de documentos citados em políticas públicas.
Glenn demonstrou interesse em conhecer as iniciativas da FAPESP e de universidades paulistas voltadas à inclusão e à promoção da equidade de gênero, bem como os projetos que visam combater as mudanças climáticas globais. Ao tratar do tema, Zago destacou a Iniciativa Amazônia+10, idealizada pela FAPESP e atualmente liderada pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).
Também participou da reunião Raul Machado, assessor da Presidência da FAPESP.