23/10/09 12h36

Desemprego tem menor índice do ano

O Estado de S. Paulo

O desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do País caiu para 7,7% da População Economicamente Ativa (PEA) em setembro, ante 8,1% em agosto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A renda média dos trabalhadores também melhorou no período. Ainda assim, para o gerente da pesquisa do IBGE, Cimar Azeredo, ainda não é possível falar em plena recuperação do mercado de trabalho após a crise. Economistas, entretanto, avaliam que o desempenho foi favorável. Azeredo argumenta que a melhora do emprego em setembro decorre de um esperado movimento sazonal. De acordo com ele, é positivo que o mercado esteja respondendo às características desse período do ano, durante o qual normalmente a taxa cai em relação ao mês anterior. Para que houvesse recuperação de fato, a taxa deveria ser inferior à de setembro de 2008, também de 7,7%.

Azeredo observou que, na média de janeiro a setembro de 2009, o número de ocupados aumentou 0,8% ante igual período de 2008, alta bem inferior ao resultado de 3,5% apurado na média de janeiro a setembro do ano passado ante igual período do ano anterior. A taxa de desemprego, na média de janeiro a setembro, está em 8,4%, abaixo dos 8,1% apurado em igual período do ano passado. Além disso, segundo Azeredo, a pesquisa traz uma revelação preocupante: a queda de 0,3% no número de empregos com carteira assinada e o aumento de 2% no emprego informal, em setembro ante agosto.

Para Cimar Azeredo, a melhor notícia trazida pela pesquisa é a continuidade no aumento do poder de compra dos trabalhadores, já que a renda média real aumentou, em setembro, 0,6% ante agosto e 1,9% ante igual mês do ano passado, refletindo sobretudo a baixa inflação. Na média de janeiro a setembro, a renda média real teve aumento de 3,6% ante igual período do ano passado, resultado superior à variação de 3,2% na renda apurada de janeiro a setembro do ano passado, ante igual período do ano anterior. Segundo Azeredo, essa aceleração no aumento do rendimento real do trabalhador foi impulsionada especialmente pelo aumento do salário mínimo e o nível mais baixo da inflação.