25/03/11 11h44

Desembolsos do BNDES crescem 7% no bimestre

Valor Econômico

O volume de recursos desembolsados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) cresceu 7% no primeiro bimestre, na comparação com o mesmo período de 2010. Ao todo, foram liberados R$ 17,2 bilhões (US$ 10,1 bilhões), R$ 8,3 milhões (US$ 4,9 milhões) em janeiro e R$ 8,9 bilhões (US$ 5,2 bilhões) em fevereiro. No acumulado em 12 meses, foram desembolsados R$ 169,6 bilhões (US$ 99,8 bilhões) pelo banco, incluindo neste montante a operação de capitalização da Petrobras, em que o BNDES repassou cerca de R$ 25 bilhões (US$ 14,7 bilhões) para a companhia. Descontada a operação, as liberações atingiram R$ 144,8 bilhões (US$ 85,2 bilhões).

De acordo com a nota publicada pelo banco, esse volume sem a operação da Petrobras indica "estabilidade no desempenho dos últimos 12 meses". Desde o ano passado, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, vem anunciando a intenção de reduzir a participação do banco nos financiamentos, com a expectativa de que o setor privado assuma o espaço deixado. O banco explicou que o aumento de desembolsos nos dois primeiros meses foi puxado pelas operações com médias, pequenas e microempresas, cujo volume de recursos atingiu os R$ 7,7 bilhões (US$ 4,5 bilhões), tendo uma participação recorde de 45% no total liberado no período.

"Isso significa que as liberações de crédito às médias, pequenas e microempresas tiveram expansão de 18% no período. Enquanto isso, os desembolsos a grandes empresas ficaram estabilizados em R$ 9,5 bilhões (US$ 5,6 bilhões) no período. O comportamento reflete a prioridade do BNDES de ampliação do acesso ao crédito a empresas de menor porte", diz a nota. O setor de infraestrutura foi responsável por 41% dos desembolsos em janeiro e fevereiro, seguido pela indústria, com 32% do total liberado pelo banco. Comércio e serviços ficaram com 18% do total, e a agropecuária, com 9%. O Programa de Sustentação do Investimento (PSI), criado durante a crise financeira e prorrogado com novas condições até o fim deste ano, contribuiu para o aumento de 27% das aprovações de projetos, que somaram R$ 18,8 bilhões (US$ 11,1 bilhões). Somente o PSI foi responsável por R$ 9,7 bilhões (US$ 5,7 bilhões).