Desembolsos da Finame crescem 59% em 2007
Valor Econômico - 11/01/2008
A Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame), subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), financiadora de bens de capital às empresas, registrou desembolso recorde em 2007, de R$ 20,6 bilhões (US$ 9,5 bilhões), com crescimento de 59,6% ante os R$ 12,9 bilhões (US$ 5,3 bilhões) de 2006. "O resultado reflete o forte crescimento da economia e o aumento da capacidade produtiva das fábricas", diz Cláudio Bernardo Moraes, superintendente da área de operações indiretas do BNDES. Para 2008, ele acredita que a procura pelos recursos da Finame deve continuar forte. O etanol e a construção civil puxaram as operações da Finame em 2007. O segmento de transportes, tendo à frente as vendas de caminhões, que atingiram R$ 8,2 bilhões (US$ 3,8 bilhões), quase o dobro dos R$ 4,5 bilhões (US$ 1,9 bilhão) de 2006, puxou os desembolsos do programa do BNDES. Houve ainda um "boom" de demanda por máquinas rodoviárias para construção de estradas de rodagem, que tomou quase R$ 2 bilhões (US$ 919 milhões) da linha de crédito. O programa Finame Agrícola, com a recuperação da agricultura, teve liberações de R$ 2,1 bilhões (US$ 965 milhões), 40% acima de 2006. Outra novidade na Finame foi a prorrogação por mais um ano do programa Modermaq, que expirou no fim de dezembro. O Modermaq tem também uma procura grande, pois financia máquinas e equipamentos para a indústria de transformação e para a indústria da construção civil e equipamentos hospitalares em condições especiais de juro fixo de 12% ao ano. Em 2007, as liberações desse programa saltaram para R$ 2,7 bilhões (US$ 1,2 bilhão) ou 42% acima dos R$ 1,9 bilhões (US$ 781 milhões) de 2006. O banco participa com 90% sobre o valor total da máquina a ser financiada, com prazo de 60 meses para pagar. Também será mantido o Moderfrota, com modalidade especial de financiamento com juro fixo dentro do Finame Agrícola. Mais de 85% dos tomadores do Finame Agrícola recorrem ao Moderfrota, que respondeu por R$ 1,8 bilhão (US$ 827 milhões) dos R$ 2,1 bilhões (US$ 965 milhões) liberados para o Finame Agrícola em 2007.