08/06/10 10h22

Depois da queda, Dedini se anima e prevê crescer até 40%

DCI

Depois do baque do ano passado, quando as vendas despencaram 50%, a Dedini Indústrias de Base se recompõe e aposta que chegará a dezembro revigorada, ainda que parcialmente. "Prevemos que as vendas crescerão entre 35% e 40% em relação a 2009", estima Sérgio Leme dos Santos, presidente da companhia. Tradicional fornecedora de máquinas, equipamentos e soluções para o setor sucroalcooleiro e vários outros segmentos, a companhia viveu seus anos dourados no período de 2005 a 2007, quando a "febre" da produção de etanol se alastrou pelo País. Naquele tempo, conta Leme, havia tanta demanda que a Dedini passou a terceirizar parte de sua produção para atender às usinas que processam cana, e também para dar impulso à diversificação. "Entramos em novos mercados, como a fundição", recorda. Com a crise que abalou a economia, já em 2008 a Dedini passou a sentir retração de seus clientes, o que desembocou na redução drástica dos pedidos no ano passado.

Com esse quadro, o grupo decidiu partir para uma reestruturação. Fez um corte profundo na terceirização da produção e reduziu em 10% seu quadro de pessoal. Feitos os ajustes, a Dedini voltou a crescer e aposta que conseguirá atender as usinas de açúcar e álcool na terceira onda do setor: "A próxima etapa, que não vai demorar, são os novos projetos, que começarão a produzir com grande potencial de crescimento", diz o presidente da empresa.

Com essa perspectiva, e com o reaquecimento da economia, a Dedini assistiu à volta dos pedidos por parte dos clientes, e prevê um segundo semestre positivo. "O setor sucroalcooleiro vive uma perspectiva otimista, que também nos anima", afirma Leme. "E temos outras áreas de atuação que também são promissoras, o que fortalece nossas previsões de crescimento." Uma das apostas da Dedini é o fornecimento de peças e equipamentos, por exemplo, para as hidroelétricas que estão em construção. Sérgio Leme afirma que o grupo tem uma fundição moderna, que fornece peças de até 38 toneladas para projetos como os das usinas Jirau e Santo Antonio, no Rio Madeira.

Há outros alvos para fornecimento de máquinas e equipamentos da Dedini, como os setores de petróleo e gás, química e siderurgia. Para o setor sucroalcooleiro, que levou a família Dedini a formar o grupo há 87 anos em Piracicaba (São Paulo), os planos incluem o crescimento de vendas de usinas e destilarias completas, além de fábricas de açúcar. Na energia, a companhia planeja tornar-se cada vez mais forte na fabricação e montagem de caldeiras de alta pressão para co-geração e de plantas completas para produção de biodiesel a partir de óleos vegetais ou gordura animal. Além disso, com a marca Codistil, a Dedini fornece plantas completas para cervejarias.