20/04/18 12h02

Demanda reage e Marriott expande rede

Valor Econômico

A Marriott International, grupo americano de hotelaria que opera 6,5 mil hotéis em mais de 120 países, vai acelerar a expansão no Brasil, trazendo novas bandeiras. O plano é elevar de 15 para 25 o número de empreendimentos no país até 2020.

"Desde o último trimestre do ano passado que a demanda vem melhorando, especialmente a corporativa em São Paulo. O pior da crise ficou para trás e temos agora oportunidades de crescimento", disse o diretor-geral da Marriott no Brasil, Gil Zanchi, que responde no país pelos hotéis das bandeiras Renaissance, Marriott, Sheraton, Fairfield, Courtyard, Four Points e JW.

O executivo observou que o grupo deveria ter mais hotéis no Brasil, por ser uma das dez maiores economias do mundo. Dos 6,5 mil hotéis no mundo, 220 empreendimentos estão na América Latina e Caribe, sendo 79 deles no México. Mas Zanchi disse que a aquisição do grupo Starwood pela Marriott em 2016 é um fator que vai ajudar a atuação do grupo no Brasil.

Com o negócio, a companhia assumiu a bandeira Sheraton, que têm cinco hotéis no país. "Estamos concluindo o processo de integração. Ganhamos escala nas equipes de vendas, de marketing e de desenvolvimento [de novos hotéis]. Isso acelera nossos planos", disse o executivo.

O diretor da Marriott confirmou que vai ter um hotel da bandeira W no Brasil. "Assinamos esta semana o contrato. Vamos trazer a bandeira para o Brasil começando por São Paulo", disse Zanchi, sem adiantar detalhes como localização e data de inauguração do novo hotel.

O plano de expansão também engloba a inauguração de hotéis das bandeiras Fairfield, Sheraton e AC Hotels nas cidades de Curitiba, Florianópolis, Santos (SP) e São José dos Campos (SP).

Parte da integração dos hotéis Marriott e Starwood passa pela unificação das plataformas de fidelidade Marriott Rewards, The Ritz-Carlton Rewards e Starwood Preferred Guest (SPG), que será implementada a partir de agosto deste ano. "O resultado será um programa de fidelidade que dará aos sócios a chance de acumular pontos com mais rapidez do que nos programas anteriores, em média, 20% mais pontos para cada dólar gasto", disse o executivo, também gerente-geral do Renaissance São Paulo.

Os programas de fidelidade da Marriott somam 2,7 milhões de membros na América latina, dos quais 450 mil são brasileiros. O Brasil é o segundo maior mercado, atrás do México, que tem 765 mil associados.

Em 2017, o grupo Marriott, considerando os números da Starwood, teve receita de US$ 22,9 bilhões, 34% mais que em 2016, com lucro líquido de US$ 1,37 bilhão, ou 78% mais que um ano antes.

No mundo, a diária média e a taxa de ocupação subiram em 1% e 2%, respectivamente - para US$ 178,02 e 73,7%. Já na região da América Latina e Caribe, a diária média caiu 0,2%, para US$ 196,31, enquanto a taxa de ocupação subiu 2,6%, para 66,5%.
O executivo não detalhou números específicos do Brasil, mas disse que a empresa conseguiu melhorar a taxa de ocupação no país em 2017. "Este ano o desafio é melhorar a diária média", afirmou.