13/12/07 14h43

Demanda interna é a mais forte em 12 anos

Valor Econômico - 13/12/2007

Com o forte crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, consolidaram-se de vez as apostas numa expansão de pelo menos 5% para a economia brasileira em 2007. O grande destaque é a demanda doméstica: ela contribuiu com 6,8 pontos percentuais para a expansão de 5,2% registrada pelo PIB nos quatro trimestres encerrados em setembro, na comparação com os quatro anteriores, de acordo com cálculos da Rosenberg & Associados. É o nível mais alto desde os 7,3 pontos observados no quarto trimestre de 1995, quando o Brasil ainda vivia a euforia da estabilização proporcionada pelo Plano Real. As estimativas mais otimistas apontam para um avanço do PIB de 2007 na casa de 5,5%. O consumo das famílias e o investimento na construção civil e em máquinas e equipamentos (a formação bruta de capital fixo, FBCF) são os principais motores do crescimento, respondendo ao cenário formado por juros em queda, aumento do emprego e da renda, oferta de crédito abundante e inflação sob controle. No terceiro trimestre, o PIB cresceu 1,7% em relação ao segundo, na série livre de influências sazonais. Esse número robusto, equivalente a 7% em termos anualizados, foi um dos motivos que levaram os analistas a acreditar que o PIB deve crescer mais de 5% em 2007. O outro é que o IBGE revisou o crescimento registrado no primeiro semestre. A expansão do primeiro trimestre de 2007 em relação ao quarto de 2006 passou de 0,9% para 1,1%, enquanto o do segundo trimestre deste ano em comparação com o primeiro foi revisado de 0,8% para 1,3%.