Demanda está mais forte, diz sondagem

Valor Econômico - 02/07/2007

Apesar da queda do dólar em relação ao real, que reduz a competitividade dos produtos brasileiros no exterior e aumenta a concorrência de importados no mercado doméstico, aumentou significativamente, no período de um ano, a proporção dos empresários com a avaliação de que a demanda está mais forte. De acordo com a Sondagem da Indústria de Transformação, divulgada na sexta-feira pela Fundação Getúlio Vargas, entre junho de 2006 e igual mês de 2007 a parcela de empresas que avaliam o nível atual de demanda global como forte aumentou de 11% para 27%, enquanto a proporção das que o avaliam como fraco caiu de 22% para 8%. O levantamento mostra, ainda, que o índice que mede o nível de demanda global cresceu 33,7% em junho na comparação com igual mês de 2006, passando de uma leitura de 89 para 119. O aumento no percentual dos empresários que avaliam a demanda como forte foi puxado tanto pelo lado doméstico quanto externo. No primeiro caso, a proporção passou de 11% para 30%, e no segundo, de 13% para 15%. Para Aloisio Campelo, responsável pela pesquisa, essa percepção dos industriais reflete o aquecimento da economia brasileira. O levantamento mostra também que o quadro de estoques da indústria está equilibrado, com apenas 5% apontando que o nível está excessivo, contra 15% em junho do ano passado. No geral, os industriais brasileiros estão mais otimistas em relação aos seus negócios e à economia do país do que em 2006. O ICI (Índice de Confiança da Indústria) avançou 13,1% entre junho de 2006 e o mesmo período deste ano, passando 103,8 para 117,5. Entretanto, na comparação com maio último, quando o ICI estava em 118,2, houve uma diminuição de 0,6% na confiança.