Delegação belga visita a FAPESP com o intuito de intensificar a cooperação científica
Entre as áreas consideradas prioritárias estão biodiversidade, medicina e transição digital
FAPESPDirigentes da FAPESP reuniram-se com representantes do Fonds de la Recherche Scientifique (FNRS) e de instituições de ensino superior da Bélgica no dia 25 de novembro. O objetivo foi discutir estratégias para ampliar a colaboração entre instituições de ensino e pesquisa do Estado de São Paulo e universidades belgas, com destaque para três áreas: biodiversidade, medicina e transição digital (com foco em inteligência artificial).
“Gostaríamos de intensificar nossa colaboração e investigar possíveis lacunas nos mecanismos de trabalho atuais”, afirmou Marius Gilbert, diretor de pesquisa do FNRS e pró-reitor de Pesquisa e Valorização da Université Libre de Bruxelles (ULB).
“Temos um acordo de colaboração entre a FAPESP e o FNRS que tem rendido bons frutos. Um exemplo disso é o crescimento na publicação de artigos colaborativos entre pesquisadores belgas e paulistas nos últimos anos”, destacou Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.
Por meio da parceria entre FAPESP e FNRS foram desenvolvidos nos últimos anos projetos de cooperação científica conjuntos, sobretudo em áreas como materiais, inteligência artificial e saúde. No encontro, ficou estabelecida a estratégia de focar nos próximos anos nas áreas de biodiversidade, medicina e transição digital (inteligência artificial), realizando workshops com o intuito de aproximar pesquisadores belgas e paulistas para discutir projetos.
“Isso significa que temos uma nova agenda, o que é muito bom, e vamos precisar nos encontrar mais vezes para estabelecer como estruturar isso. Acredito que seria interessante também olhar os Centros de Pesquisa em Engenharia [CPEs], que são muito competitivos e fortes candidatos para colaborações. Temos já implantados dez centros de pesquisa em inteligência artificial com foco em diferentes aplicações”, contou Zago.
O presidente da FAPESP também mencionou o Programa para o Atlântico Sul e a Antártida (PROASA), lançado pela FAPESP em abril de 2024. “Vamos explorar o Atlântico Sul com parceiros internacionais. Já temos colaboração com a França nesse sentido e estamos negociando com Argentina, Uruguai e Portugal”, contou.
A visita da delegação belga à FAPESP integra a missão econômica presidida pela princesa Astrid. O objetivo é posicionar a Bélgica como um parceiro-chave do Brasil em setores promissores e estratégicos, como saúde, agricultura sustentável, aeroespacial, gaming (jogos eletrônicos) e energias renováveis. Entre os integrantes estavam: Carla Bittencourt, Université de Mons; Björn-Olav Dozo, Université de Liège; Marius Gilbert, Université Libre de Bruxelles; Alexandre Gofflot, Wallonie-Bruxelles International (WBI); Benoit Hackens, Université Catholique de Louvain; Eric Haubruge, Université de Liège; Serge Jaumain, Université Libre de Bruxelles; Haïssam Jijakli, Université de Liège; Yvon Molinghen, Université Libre de Bruxelles; Jean-Philippe Ponthot, University of Liège; Francisco Santana Ferra, NCP Wallonie; Frédéric Schoenaers, Université de Liège.
Do lado brasileiro participaram: Connie McManus, gerente de Colaborações em Pesquisa da FAPESP; Claudia Toni, assessora da Presidência; Alexandre Roccatto, coordenador de Programas da Diretoria Científica; Marta Arretche, Sergio Costa Oliveira e Kavita Miadaira Hamza, assessores científicos da Fundação.