DEG entra em geração renovável com a ERSA

Valor Econômico - 04/09/2007

Com um aporte de capital de R$ 47 milhões (US$ 24,05 milhões), o banco alemão Deutsche Investitions und Entwicklungsgesellschaft mbH (DEG), braço de fomento para países em desenvolvimento do KFW, é o mais novo acionista da Empresa de Investimento em Energias Renováveis S.A (ERSA). Criada no fim do ano passado pelo Pátria Investimentos para desenvolver projetos de geração de energia a partir de fontes renováveis, a ERSA já soma recursos de R$ 479 milhões (US$ 245,14 milhões). O foco da ERSA está em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), biomassa da cana-de-açúcar e de madeira e energia eólica. Seu plano de negócio prevê gerar 600 MW de energia dentro de cinco anos, com investimento de R$ 2 bilhões (US$ 1,02 bilhão). Além do Pátria, com 41,05% do capital, são acionistas da empresa o fundo americano Eton Park (38,26%) e o fundo de investimentos BBI, do Bradesco (9,87%). Segundo Octávio Castello Branco, sócio do Pátria e presidente da ERSA, o DEG traz uma visão de investimento de longo prazo e é um grande apoiador do setor de geração de energia de fontes renováveis. O banco alemão, com 10,82%, terá um assento no conselho da ERSA. Segundo o executivo, a atual carteira de recursos captados é mais que suficiente para alavancar os 16 projetos de PCHs já detidos pela ERSA. Aptos a gerar 207 MW, esses projetos vão demandar cerca de R$ 800 milhões (US$ 409,4 milhões) de investimentos. Cinco deles devem ter a construção iniciada até o fim do ano. Ele informa que a maior parte dessa energia - mais de 150 MW - já está com venda antecipada para clientes da área de infra-estrutura, em leilões e para clientes livres, como a Vale do Rio Doce.