Deca aposta no segmento de baixa renda para crescer

DCI

A Deca, fabricante de materiais para a construção civil promete ampliar a produção de produtos destinados à demanda de baixa renda, de olho no programa social do governo "Minha Casa, Minha Vida" que prevê a construção de um milhão de moradias em quase dois anos. O diretor de Relações com Investidores da Duratex, Plínio do Amaral Pinheiro, disse que a Deca desenvolveu o "kit Brasil", com custo de R$ 350 (US$ 184,2), destinado ao público de baixa renda, a fim de elevar as vendas para tal público.

O executivo afirmou que a participação dos produtos populares representa hoje 80% do volume total de peças produzidas pela Duratex. A capacidade instalada da Duratex é de 23 milhões de unidades produzidas, das quais 15,8 milhões são de metais sanitários, e 7 milhões de louças sanitárias. A previsão é aumentar a capacidade para 25 milhões de peças em 2010. Tal volume será influenciado pelo adicional de 3 milhões de peças de metais sanitários, cujo segmento opera hoje com 81% do índice da capacidade instalada. Já o de louças sanitárias opera com índice de 77%. O diretor da Duratex assegurou que a empresa "tem folga" para aumentar a capacidade produtiva da empresa.

Para fazer frente aos planos de expansão da Duratex, que será líder de mercado, serão investidos R$ 300 milhões (US$ 157,9 milhões) nos próximos 18 meses, no aumento da produção de metais e louças sanitárias em 10%; e na fábrica de resinas, que deve consumir cerca de R$ 100 milhões (US$ 52,6 milhões) do total. A ideia é elevar a produção de resina para diminuir em 12% o custo da fabricação de painéis. O restante deve ser investido na reativação de duas fábricas da Deca, uma de Jundiaí (SP), neste semestre, ociosa por falta de funcionários; e a de Queimados (RJ), que precisa de reformas e deve operar no primeiro semestre de 2010. Ambas as unidades foram adquiridas em 2008 da Ideal Standard, fabricante de louças sanitárias. A previsão ainda é aumentar as exportações.