Datalogic amplia ofertas no varejo e busca novos segmentos
Após construir sua primeira fábrica no Brasil, companhia italiana investe em inovação para varejistas, planeja aumentar a produção local e estende atuação para setores como a indústria farmacêutica e as forças de vendas
Brasil EconômicoUm ano após investir em um projeto de fabricação no Brasil, a Datalogic – companhia italiana de equipamentos como scanners e leitores de código de barras usados no varejo – planeja novos passos para consolidar e ampliar sua presença no país. E a rota traçada para a operação local envolve a oferta de novas tecnologias para o varejo, a abertura de novas frentes de negócios e a expansão do portfólio produzido na unidade instalada em Jundiaí (SP).
“Até pouco tempo, tínhamos nos scanners pera o varejo uma via muito pavimentada para crescer na mão única. Agora temos a possibilidade de usar todas as pistas para deixar de ser uma empresa de nicho e expandir nossas oportunidades”, diz Fábio Lopez, diretor de vendas da Datalogic para os países do Cone Sul na América Latina.
Listada na bolsa de Milão, a Datalogic é controlada por seu fundador, Romano Volta, que detém 70% das ações da companhia, que possui ainda participações de fundos de investimentos americanos. Como parte dessa mescla de culturas, a empresa vem investindo na expansão além do mercado europeu e também em seu portfólio, por meio de uma série de aquisições. Eleito como um dos cinco países com potencial de rápido crescimento, o Brasil passou a entrar no radar há cerca de dois anos. Até então, a operação se resumia a dois funcionários, fruto da aquisição em 2005, das americanas PSC.
Nos últimos dois anos, os investimentos no Brasil incluíram fatores como os acordos com dois distribuidores para oferecer o portfólio completo no país e o aporte inicial de US$ 2 milhões na fábrica de Jundiaí. “O mercado latino-americano é muito sensível a preço e com a fábrica, conseguimos ter um pouco mais de margem para negociar valores, quando necessário. Comparada à importação, alguns produtos chegam a ter uma redução de custo de 20%”, afirma Lopez. Quarta unidade global de produção da companhia, a planta abriga ainda um centro de reparos e um show room para clientes.
É exatamente no show room que a Datalogic está mostrando as inovações que está trazendo para o país, com o objetivo de ampliar a sua presença no varejo, especialmente nos supermercados, seu principal segmento de atuação. As novidades vão muito além dos scanners e dos equipamentos voltados aos caixas e depósitos desses clientes, soluções que respondem por boa parte da base instalada da empresa no Brasil. As tecnologias mais recentes têm um forte componente de dar mobilidade tanto a funcionários como clientes. Para aprimorar a eficiência, o atendimento e a experiência nas lojas.
Uma das aplicações é o sistema de self shopping batizado de Joya. A solução inclui leitores portáteis de códigos de barras e permite que os consumidores registrem os produtores durante o percurso na loja finalizem o pagamento sem o auxílio de um atendente. Ao mesmo tempo, os dispositivos podem ser usados para enviar uma série de informações aos clientes, como por exemplo, promoções para clientes de programas de fidelidade, com base em seus hábitos de compra. Para outros clientes, o sistema segue identificar, em tempo real, os itens que estão sendo colocados nos carrinhos e sugerir produtos relacionados.
O sistema também pode ser usado por funcionários par reduzir as filas nos estabelecimentos. Munido com um leitor, o colaborador digitaliza os produtos e gera um código de barras para que o consumidor pague a compra no caixa.
Com uma base instalada de 60 mil equipamentos na Europa, o Joya já tem pilotos com quatro clientes em São Paulo em o Rio, sendo duas grandes redes e outras duas de médio porte. “ Em um desses clientes, o ticket médio com a solução saltou de R$ 100 para R$ 250”, diz Lopez. O portfólio de inovações inclui ainda soluções como um equipamento que monitora o consumo de produtos nas gôndolas - para gerenciar a reposição – e um sistema automatizado de check-out, composto por uma esteira e dezoito leitores combinados, que leem os produtos em movimento, automaticamente, em qualquer posição.
Além do varejo tradicional, a Datalogic começa a identificar a demanda gerada pela recente aprovação da norma de rastreamento de medicamentos, da Anvisa. Até 2016, toda a cadeia do setor – fabricantes, distribuidores, redes farmacêuticas e hospitais – terá que se adaptar à regulamentação, que irá permitir a consulta ao histórico, aplicação e dados como lote e prazo de validade de todos os medicamentos produzidos, dispensados ou vendidos no país. “Grande parte da base instalada nessa cadeia no Brasil ainda é um laser, que não atende à regulamentação. Já produzimos localmente um leitor 2D que está dentro dos novos requisitos e termos, por exemplo, um dispositivo específico para hospitais”, diz Lopez.
Outro novo segmento na mira são as forças de vendas e as equipes que trabalham em campo, como por exemplo, profissionais que fazem a leitura do consumo de energia nas casas dos consumidores. “Já temos um projeto para ampliar a fabricação no Brasil com duas novas linhas de produto e dentro desse escopo, a produção local de um leitor ‘outdoor’, dotado de chips 3G e 4G é uma das prioridades”, observa.
Hoje, a unidade de Jundiaí produz quatro linhas de produtos. Além de ampliar o portfólio, a empresa planeja – a partir do segundo semestre – destinar parte dessa produção aos países do Cone Sul. A estratégia local envolve ainda parcerias locais com integradores de projetos no varejo – como Toshiba e Diebold – e com desenvolvedores para incorporar mais aplicações nos dispositivos da companhia.
Além do varejo tradicional, a Datalogic começa a identificar a demanda gerada pela recente aprovação da norma de rastreamento de medicamentos, da Anvisa. Até 2016, toda a cadeia do setor – fabricantes, distribuidores, redes farmacêuticas e hospitais – terá que se adaptar à regulamentação, que irá permitir a consulta ao histórico, aplicação e dados como lote e prazo de validade de todos os medicamentos produzidos, dispensados ou vendidos no país. “Grande parte da base instalada nessa cadeia no Brasil ainda é um laser, que não atende à regulamentação. Já produzimos localmente um leitor 2D que está dentro dos novos requisitos e termos, por exemplo, um dispositivo específico para hospitais”, diz Lopez.
Outro novo segmento na mira são as forças de vendas e as equipes que trabalham em campo, como por exemplo, profissionais que fazem a leitura do consumo de energia nas casas dos consumidores. “Já temos um projeto para ampliar a fabricação no Brasil com duas novas linhas de produto e dentro desse escopo, a produção local de um leitor ‘outdoor’, dotado de chips 3G e 4G é uma das prioridades”, observa.
Hoje, a unidade de Jundiaí produz quatro linhas de produtos. Além de ampliar o portfólio, a empresa planeja – a partir do segundo semestre – destinar parte dessa produção aos países do Cone Sul. A estratégia local envolve ainda parcerias locais com integradores de projetos no varejo – como Toshiba e Diebold – e com desenvolvedores para incorporar mais aplicações nos dispositivos da companhia.