14/05/10 11h21

Dasa melhora margem e pretende voltar às compras este ano

Valor Econômico

Diferentemente do seu concorrente Fleury que anunciou ontem a compra de um laboratório com faturamento anual de R$ 15 milhões (US$ 8,6 milhões), a Dasa está de olho em empresas de maior porte, com receita entre R$ 30 milhões (US$ 17,1 milhões) e R$ 50 milhões (US$ 28,6 milhões). "O custo de uma aquisição é alto independentemente do tamanho da empresa. Por isso, nosso foco são empresas maiores e em praças onde ainda não estamos", explicou Marcelo Noll, presidente da Dasa, rede de laboratórios que possui mais de 300 unidades em todo o país.

O executivo acredita que neste ano concluirá apenas uma aquisição de um laboratório com essas características. A última compra foi feita em dezembro de 2008. No primeiro trimestre, a Dasa registrou lucro líquido de R$ 33,3 milhões (US$ 19 milhões), o que representa uma queda de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar da redução na última linha do balanço, o lajida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) saltou de R$ 76,5 milhões (US$ 43,7 milhões) para R$ 93,6 milhões (US$ 53,5 milhões) no primeiro trimestre. "Tivemos uma melhora expressiva na nossa margem, que era de 23,5% e aumentou para 26,1%", enumera Noll.

A receita líquida cresceu 10,5% atingindo R$ 359,4 milhões (US$ 205,4 milhões) no fim de março. Segundo o presidente da Dasa, o aumento na receita não foi mais expressivo por conta das fortes chuvas de janeiro e fevereiro, período em que as pessoas deixaram de ir a médicos e laboratórios. "Nos dois primeiros meses do ano, o desempenho foi muito ruim. Em março, retomamos as atividades com crescimento de 14,5%", explicou Noll. Outro motivo que explica a receita não ter tido uma alta relevante é que a base de comparação entre os trimestres fica prejudicada porque no primeiro semestre do ano passado houve uma grande procura por procedimentos médicos. Muitas pessoas com medo desemprego usaram mais seus planos de saúde.

Entre as várias áreas de negócios da Dasa, a que mais cresceu foi a de prestação de serviços para outros laboratórios. Essa divisão faturou R$ 41,3 milhões (US$ 23,6 milhões), um aumento de 32% no trimestre. Hoje, a Dasa presta serviços para 3,8 mil laboratórios. "A prestação de serviços para outros laboratórios é muito interessante em regiões em que não é economicamente viável a Dasa ter unidade própria", disse Noll.