26/05/11 10h30

Dafiti quer ultrapassar Netshoes

Valor Econômico

Comprar roupa e sapato pela internet, com 30 dias para troca e podendo até receber o dinheiro de volta. Essa é a proposta da Dafiti, uma empresa de comércio eletrônico criada há quatro meses, cujas operações começam oficialmente hoje. Entre os sócios está a Rocket Internet, empresa alemã que investe em "start-ups" e foi uma das investidoras do Groupon, o maior site de compras coletivas do mundo. "Percebemos que havia pequenos competidores no segmento de moda on-line e queremos nos tornar líderes ainda esse ano", garante Philipp Povel, um dos cinco executivos sócios do negócio, ao lado da Rocket.

O site terá como alvo as classes B e C e pretende ultrapassar a Netshoes, que faturou mais de R$ 200 milhões (US$ 113,6 milhões) com a venda de moda esportiva em 2010. Povel, no entanto, não revela investimentos nem a expectativa de faturamento. Mas afirma que, nos primeiros quatro meses de projeto piloto da companhia, a Dafiti recebeu uma média de 202 mil visitantes únicos por dia.

Segundo Alexandre Umberti, diretor de marketing e produtos da consultoria e-bit, a venda de roupas, sapatos e acessórios pela internet já encosta na demanda por eletroeletrônicos. "As empresas de comércio eletrônico vem investindo na apresentação de detalhes dos produtos", diz Umberti, que também confere o crescimento ao modelo de clubes de compra, que incentivou o consumo de roupas pela internet.

Em 2010, o consumo on-line de artigos de moda deu um salto: a categoria, que estava fora das 20 mais vendidas da web, passou à sexta posição no ano passado. Foram 2,4 milhões de pedidos, ou 6% do total, enquanto eletroeletrônicos responderam por 7% (2,8 milhões), segundo a e-bit.

Povel afirma que a Dafiti se concentrou em calçados e acessórios neste primeiro momento (são comercializados 5 mil modelos, 3 mil deles femininos), mas deve partir para a venda de roupas dentro de dois meses. "Não será um mercado que vai significar muito neste primeiro momento, estimo que menos de 20% no começo, mas tem potencial de crescer, à medida que o consumidor se acostume a comprar roupas pela internet", afirma.