09/05/07 15h39

Cummins projeta produção maior

Gazeta Mercantil - 09/05/2007

O crescimento do mercado de caminhões e de máquinas agrícolas levou a Cummins Brasil a rever para cima seus planos de produção para este ano. "Houve um vento súbito no mercado de motores, um crescimento fantástico nas vendas, que nos levou a alterar pela segunda vez neste ano a previsão de produção de 62 mil passou para 70 mil e agora estamos revendo para 76 mil motores, uma alta de 22,6%", diz Luis Pasquotto, diretor sênior de mercado da unidade de negócios de motores da Cummins Brasil. Pasquotto explica que, quando os planos para 2007 foram feitos, no ano passado, a Cummins Brasil esperava aumento do mercado doméstico, "não nesta intensidade", e queda das exportações, devido à valorização do real frente ao dólar. "Mas os negócios da Cummins no resto do mundo estão florescendo, e nossa unidade de Guarulhos tem de ajudar as outras fábricas a atenderem seus clientes", afirma Pasquotto. Em 2006, dos 70 mil motores produzidos em Guarulhos, na Grande São Paulo, 55 mil foram vendidos no mercado interno e 15 mil unidades, exportadas.  Só que, dos 76 mil motores Cummins a serem produzidos em 2007, 68 mil destinam-se ao o mercado interno, ou seja, 23,6% a mais do que no ano passado. E as exportações, em vez de ficarem nos 3 mil motores previstos anteriormente, deverão atingir 8 mil unidades. Segundo os últimos números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), nos primeiros quatro meses deste ano, as vendas de máquinas agrícolas cresceram 28,7%, para 10,1 mil unidades. As vendas de caminhões no período saltaram 21,1%, para 21,9 mil unidades. E as de ônibus cresceram 4,2%, para 6 mil unidades. Fornecedora de motores para caminhões Ford e Volkswagen, ônibus Agrale e outras marcas argentinas e para máquinas agrícolas Case, New Holland, Massey Ferguson e Jacto, entre outras, a Cummins registrou na América Latina (exceto México), em 2006, receita de US$ 739 milhões, o que representou um crescimento de 21% em relação a 2005. "A maior parte da receita vem do Brasil", explica Pasquotto. As exportações da unidade brasileira, segundo ele, saltaram 49% em valores, para US$ 168 milhões. A fábrica da Cummins em Guarulhos opera em três turnos e à plena capacidade. "De nossa parte, não faltará motores. Mas existe uma preocupação com a cadeia de fornecedores. Todos operam no limite", diz Pasquotto.