30/03/12 16h17

Cummins pode ter novas unidades de negócios

Automotive Business

A nova fábrica que a Cummins vai construir em Itatiba (SP) pode abrigar no futuro divisões da companhia que ainda não estão no Brasil, como a de sistemas de combustíveis e a de remanufatura de motores. “Temos isso lá fora mas ainda não trabalhamos no mercado nacional. São possibilidades”, revela Luís Pasquotto, presidente da empresa para a América do Sul.
 
Inicialmente, a planta vai abrigar a produção de geradores de energia, com capacidade para 12 mil unidades anuais, e um centro de distribuição. As linhas de turbos e de conjuntos de controle de emissões também podem ser transferidas nos próximos anos.

Mesmo com todas essas atividades, ainda restará muito espaço no amplo terreno adquirido pela companhia para instalar linhas de produção de novas unidades de negócios. Do terreno de 436 mil metros quadrados, apenas 50 mil metros quadrados serão ocupados pelo prédio previsto para abrigar a divisão de geradores e a distribuição. “Não quisemos um terreno justo, que dificultasse qualquer ampliação futura. Ainda não temos nada definido, mas começamos a estudar a possibilidade de integrar novas divisões”, revela o executivo.

AMÉRICA DO SUL

A fábrica da companhia no interior de São Paulo deve receber investimento da ordem de US$ 90 milhões. Do total, US$ 37 milhões serão aplicados ainda este ano, na terraplanagem e preparação da estrutura de energia e abastecimento de água do local. Em 2012 a unidade receberá mais US$ 53 milhões para a construção do prédio e aquisição de maquinários.
 
Os aportes estão dentro do plano de US$ 265 milhões de 2011 a 2015. Além da nova fábrica, o programa prevê ainda investimento de US$ 50 milhões na modernização da planta de Guarulhos (SP) e US$ 125 milhões que serão distribuídos entre as unidades de negócios do grupo.
 
Pasquotto avalia que o plano comprova a importância da região dentro da estratégia global da companhia. Em 2011 a América do Sul respondeu por 10,5% do faturamento global do grupo, que chegou a US$ 18 bilhões, com alta de 16% sobre 2010. “Há pouco tempo essa participação ficava em torno de 4,5%”, lembra.