28/03/08 11h42

CTEEP estuda diversificar para rodovias e gasodutos

Gazeta Mercantil - 28/03/2008

A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) -- que era braço de transmissão da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) - em apenas dois anos de sua privatização está se consolidando como uma das principais do País. A reorganização da empresa, sob o controle do Grupo Inteconexión Eléctrica Colômbia (ISA) começou em junho de 2006. E, o valor pago pelos ativos, R$ 1,193 bilhão (US$ 548 milhões) deu um fôlego à Cesp que conseguiu assim, reduzir parte de sua dívida, à época, pouco mais de R$ 10 bilhões (US$ 4,6 bilhões)."Na compra da CTEEP pelo Grupo ISA, existia uma conjuntura econômica importante e nós aproveitamos a oportunidade e deu certo", disse o presidente da empresa no Brasil, Sidney Martini. Com a casa organizada, a transmissora vislumbra novos investimentos no mercado brasileiro. "O Brasil é o grande mercado para investimentos e para isso, nossa previsão de investimentos é de US$ 1 bilhão, já nos próximos anos", afirmou o executivo. A previsão para todo o Grupo ISA é que ele chegue em 2016 com faturamento de US$ 3,5 bilhões. Desse montante, 80% deverão ser gerados fora da Colômbia e o restante no país de origem. A estratégia é ampliar sua atuação de negócios no País já para 2009 em operação de novos sistemas como gasodutos e rodovias. O sistema elétrico da ISA CTEEP é composto por 12.144 quilômetros de linhas, 18.494 quilômetros de transmissão e 102 subestações com capacidade de 42.069 mega volts ampere (MVA) de potência. A malha de linhas de transmissão e subestações se estende por todo estado de São Paulo e atende concessionárias de distribuição, consumidores de grande porte e ao exigente mercado brasileiro. Na última semana a 3M do Brasil firmou contrato com a ISA CTEEP para fornecer cabos elétricos com peso 30% inferior, capacidade de conduzir até três vezes mais corrente e rapidez no processo de instalação, quando comparados aos condutores convencionais em alma de aço. A transmissora paulista é a primeira empresa da América Latina e a terceira fora dos EUA a possuir esses cabos em suas redes de transmissão.