Cristália entra no disputado mercado de disfunção erétil

Valor Econômico -= 08/11/2007

A farmacêutica Cristália anuncia hoje o lançamento do seu medicamento contra disfunção erétil quase dez anos depois de o Viagra, que impulsionou uma nova categoria de remédios de sucesso, ter chegado no Brasil. Mas a entrada do Helleva nas farmácias brasileiras ocorre no momento em que esta categoria registra, pela primeira vez, recuo nas vendas neste ano. A estratégia da Cristália é escondida a sete-chaves, mas um dos grandes motes será o preço inferior aos dos concorrentes. O Helleva disputará um mercado gigantesco, o segundo maior do mundo em volume de vendas de comprimidos, só atrás dos Estados Unidos. Em valores, é o quarto com vendas estimadas de US$ 200 milhões. Tão acirrado como competitivo, o mercado é disputado por quatro competidores e três princípios ativos. E a Cristália, uma empresa familiar criada nos anos 70 que informou que falaria hoje sobre sua estratégia de lançamento, não poderá utilizar a publicidade direta ao consumidor para alavancar suas vendas. O Viagra - a pílula azul da Pfizer - foi lançado nos EUA em 1997 e chegou ao Brasil, em 1996. Reinou absoluta até a entrada dos concorrentes em 2003. O Cialis, da Eli Lilly, e Levitra, da Bayer, chegaram praticamente juntos ao mercado, deflagrando uma intensa guerra publicitária. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) considerou que a disputa induzia a auto-medicação e proibiu as empresas a fazerem propaganda até da categoria de medicamentos.