28/09/09 10h51

Crise leva executivos a corrida por franquias de acessórios

DCI

O período de crise econômica desencadeou, este ano, uma corrida de executivos interessados em um negócio próprio e um aumento na abertura de lojas de franquias, o que fez o setor disparar, principalmente entre as áreas de acessórios, calçados e alimentação. Os segmentos crescem em faturamento acima de outras áreas e o mercado, como um todo, prevê ultrapassar os 13% de incremento este ano, ante o ano anterior. Por outro lado, algumas redes estão mais otimistas e há perspectiva de incremento de até 40% no faturamento.

Bandeiras com rápido retorno para o franqueado, até em menos de 24 meses, têm se destacado. É o caso de marcas como Morana e Balonè, do Grupo Ornatus, e da Puket. Além de redes como McDonald's, boas opções para os mais capitalizados. Para Jae Ho Lee, presidente do Grupo Ornatus, que além das marcas de bijuterias Morana e Balonè, detém a rede de restaurantes Jin Jin Wok, esse deve um dos melhores anos para o setor e para o grupo, já que a previsão é crescer 40%. Em 2008 a rede faturou R$ 108 milhões (US$ 60 milhões). Um dos motivos do otimismo é o bom resultado com a seleção de franqueados, além de rigorosos estudos de viabilidade, que permitem que as lojas tenham retorno médio de 24 meses.

O investimento médio para abrir qualquer um dos dois modelos é de R$ 220 mil (US$ 122 mil), incluindo a montagem e estoque inicial, mas não o valor do ponto, que varia com o local. Já o faturamento mensal é de cerca de R$ 50 mil. "Temos lojas que faturam o dobro e alguns quiosques que faturam menos. Tudo depende do ponto e do franqueado, e se ele segue as nossas recomendações", diz Lee. Segundo ele, já houve casos de repasse de franquias, que com novos gestores dobraram o seu faturamento. Hoje, afirma que há grande satisfação dos operadores. No início do ano, somando as duas marcas, tinham 100 unidades e, até dezembro, devem chegar a 160, apostando no aumento do poder de compra do público feminino.

Outra rede de franquias que atrai o público feminino é a Puket, com 66 lojas especializadas em meias e roupas íntimas, e deve finalizar o ano com 27 unidades a mais do que em 2008, quando abriu 22 lojas. Para Liliana Martins, gerente de expansão da marca, o retorno é de 2 e 3 anos, sendo que o capital necessário é de R$ 280 mil (US$ 156 mil), fora o ponto comercial. A procura é grande e são rigorosos os processos de seleção - 90% são mulheres.