Criação de um sistema de transporte hidroviário de passageiros traz técnicos do IPT a Cubatão

Eles percorreram trechos dos rios da Cidade onde poderão ser instalados terminais de embarque/desembarque

Técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do Governo do Estado, estiveram hoje em Cubatão coletando dados que possibilitem a elaboração do projeto de implantação de um sistema de transporte hidroviário de passageiros na cidade.

Acompanhados de técnicos da Prefeitura e da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), órgão do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), eles percorreram seis dos nove pontos listados pela Secretaria Municipal de Planejamento Urbano como ideais para servirem de locais de embarque e desembarque.Estes pontos estão às margens dos rios Cubatão, Casqueiro, Piaçaguera, Mogi e Perequê.

São eles: imediações da ponte do Rio Cubatão, na Avenida Nove de Abril; proximidades do pontilhão da antiga Rede Ferroviária Federal, no conjunto Afonso Schmidt; Praça da Independência, no Jardim Casqueiro; final da Rua José de Pinho, na Ilha Caraguatá; final da Rua Maria Esther Garcez, no Jardim Nova República e área próxima do Ecopátio, no Polo Industrial.

Os três pontos restantes- área da Usiminas, Vila Esperança e Vila dos Pescadores deverão ser visitados na próxima semana.

Os técnicos estiveram, também, na área do Terminal Integrador Portuário Luis Antonio Mesquita (Tiplam), empresa do grupo VLI Logística, situada em território santista, mas que faz divisa com Cubatão. O objetivo foi saber se, nos planos de expansão do terminal, a empresa projeta criar um ponto de embarque de passageiros, que serviria aos seus próprios funcionários e aos da Usiminas. O gerente da unidade, Jayme Tavares Alves Filho, explicou que nos projetos estão previstos terminais apenas para navios de carga, mas não descartou a possibilidade do uso de um deles para passageiros, dependendo dos estudos de demanda que se fizerem no futuro. Avaliada em R$ 500 milhões, as obras de expansão do terminal da Tiplam devem estar concluídas em 2017.

Dificuldades - Durante a visita técnica, coordenada pelo diretor de Panejamento Urbano da Prefeitura, Carlos Roque Barbosa de Jesus, os técnicos do IPTU observaram que apenas no Polo Industrial haverá maiores dificuldades para implantação de terminais. Nas imediações do Ecopátio, por exemplo, o Rio Piaçaguera é estreito, não permitindo manobra de embarcações, além de ter pouca profundidade. Nas proximdades da Carbocloro, o Rio Perequê está seccionado por uma represa, construida há 30 anos pela indústria.

Nos demais pontos, às margens do Rio Casqueiro (Praça da Independência, Ilha Caraguatá e Jardim Nova República) e do Rio Cubatão (proximidades da ponte da Avenida Nove de Abril e do bairro Afonso Schmidt), há fácil acesso para carros e ônibus, permitindo a interligação entre as duas modalidades de transportes, rodoviária e hidroviária.

Viabilidade econômica - Segundo Ana Lúcia Buccolo Marques, da equipe técnica da Agem, os dados obtidos pelo IPT- que é contratado pelo Departamento Hidroviário do Estado (DH) - servirão inicamente para os estudos de viabilidade econômica do sistema de transporte hidroviário, não só de Cubatão, mas, também, das demais cidades da Baixada Santista. " Os projetos dos municípios fazem parte de um projeto integrado para toda a região. Paralelamente às vistorias nos possíveis pontos para terminais de embarque/desembarque, estão sendo feitas pesquisas de origem e destino de passageiros", explicou.