11/10/07 14h23

Crescimento orgânico deve marcar nova fase da Vale

Valor Econômico - 11/10/2007

A Vale do Rio Doce costura um ambicioso plano de crescimento para os próximos quatro a cinco anos, com investimentos que poderão exigir recursos entre US$ 40 a US$ 50 bilhões. O crescimento orgânico será a chave desta nova etapa de expansão para manter a Vale entre as gigantes da mineração mundial. A estratégia contempla também potenciais fusões e aquisições de companhias alvo no mercado, como Alcoa, Freeport e Xstrata. Nas próximas semanas, a companhia anuncia um programa de investimentos para 2008 da ordem de US$ 10 bilhões, bem acima dos US$ 7,5 bilhões investidos este ano, conforme informação que circulou esta semana em relatório da Merrill Lynch. O que vai condicionar o desenvolvimento deste robusto portfólio de projetos é o aumento de 30% nos preços do minério de ferro (percentual considerado piso pela Merrill Lynch), mais o aumento do volume de produção de minério de ferro e níquel em 50% até o final de 2011 e a potente combinação de continuidade do "boom" dos preços das commodities metálicas com a industrialização da China. Na projeção do Citibank, a Vale não deverá fazer grandes aquisições até o próximo ano. Mas, 2008 é visto como um bom momento para a empresa planejar um grande lance na sua diversificação de ativos fora do Brasil. A lista de potenciais alvos de aquisições superiores a US$ 15 bilhões é pequena, segundo o Citi. Ela inclui a Alcoa, estimada em US$ 40 bilhões; a Freeport, de cobre, US$ 47 bilhões; e a Xstrata (diversificada), US$ 65 bilhões. Uma alternativa aos grandes negócios pode ser a compra de mineradoras de menor porte, com valores entre US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões, que pode ser mais palatável para a Vale. A First Quantum (cobre), Zinifex (zinco), Alumina Limited (alumina) e Iluka são candidatas potenciais à consolidação.